Mais uma daquelas pesquisas que só a PM e culpada!
Rastreamento realizado pelo Exército a pedido da Subcomissão de Armas e Munições da Câmara mostra que uma em cada quatro armas ilegais apreendidas no Estado de São Paulo teve como primeiro dono o poder público, principalmente a Polícia Militar. Essa estatística refere-se apenas às armas que foram vendidas legalmente e depois desviadas para o crime. O Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército rastreou 4.200 armas apreendidas em São Paulo entre 2003 e 2006. Desse total, 1.134 (27%) foram vendidas ao poder público, sendo 1.002 (23,8%) à Polícia Militar. O rastreamento não indica quantas armas eram do patrimônio da PM e quantas eram armas particulares de policiais militares. Outras 79 armas (7%) foram inicialmente vendidas à Secretarias de Segurança Pública. Os militares e policiais podem comprar diretamente das fábricas ou nas lojas de armamentos. Para isso, segundo as regras do Exército, precisam de autorização de um superior e ter conduta exemplar no exercício da profissão. As portarias exigem que as armas compradas para uso pessoal sejam registradas. O problema, diz o pesquisador da violência Gláucio Ary Dillon Soares, é que, depois da compra, os policiais não têm de prestar contas sobre o uso das armas. Soares é professor do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro, Iuperj . O Instituto Viva Rio analisou o resultado da pesquisa e identificou que a maior parte dos armamentos foi produzida a partir de 1990. 'Fica quebrado com isto o mito de que as armas curtas brasileiras na mão do crime são armas velhas ou obsoletas', diz o estudo. O Viva Rio também que a maior parte das armas foi apreendida na ilegalidade oito anos depois da fabricação.
Procurada pelo JT na última sexta-feira, a assessoria de imprensa do Exército pediu um prazo para levantar informações e prometeu uma resposta para esta semana.
Fonte: GazetaWeb
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
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