sexta-feira, 12 de agosto de 2011

E-mail muito interessante recebido pelo Blog Visões de um PM

Muito interessante, recomendo!

Bom dia Senhor, me chamo Robson Augusto da Silva, sou sociólogo, formado pela Universidade Federal do Pará. Resido em Niterói, no Rio de janeiro, minha cidade natal. Sou  também militar, da Marinha, meu Pai é Subtenente da PM-RJ. Portanto sei bem de perto o que é ser militar, tanto federal quanto estadual. Vivi e vivo isso dioturnamente. Tomando conhecimento, e fazendo parte, do fenômeno da intelectualização dos militares subalternos e jovens oficiais, empreendi um estudo nesse sentido, que trata das modificações que temos realizado dentro de nossas corporações, seja por meio de movimentos coletivos ou individuais.

Fomos totalmente reconstruidos, deixamos de ser civis e passamos a viver uma vida diferente, porque ninguém é militar algumas horas do dia, se vive isso o tempo todo, dia e noite. Não é simplesmente uma profissão, todos os nossos sentidos respondem de acordo com o que somos. Temos dificuldade inata em contestar a realidade, a lei, e as autoridades, mesmo que estejam em atitude suspeita pois vemos as coisas por um prisma diferente, isso é inevitavel, fomos adestradospara obedecer... Contestar jamais. Lutar por humanização para nós e muito mais difícil. Publicamosi recentemente um  livro sobre o tema, que discorre desde a Revolta da Chibata até os movimentos do inicio do século XXI, as conquistas e as derrotas dos militares brasileiros. 
Do livro não espero lucro, mal dá para cobrir os gastos pois é um publico bem restrito, militares estaduais e federais que se interessam pelo tema e estudiosos de direito, história e sociologia/antropologia, espero mesmo é contribuir para o aculturamento da sociedade militar brasileira, precisamos crescer pois obediência céga é coisa do passado, disciplina inteligente, ou consciênte é o que precisamos, ou cada vez mais seremos massacrados. Clique aqui e saiba mais sobre o livro é Militares Pela Cidadania, imagino que seu site deve ser bem frequentado, se puder dar uma olhada no material apresentado e avaliar meu pedido de divulgação eu agradeceria muito.

Fonte: Via e-mail Robson Augusto da Silva

Noite de sexta com a Orquestra Sinfônica da PMMG

Orquestra Sinfônica da Polícia Militar se apresenta nesta sexta-feira (12) dentro da programação do aniversário de Barbacena. O show está marcado para 20h30, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade.

Também na sexta-feira (12), a partir das 18h, acontece na Câmara Municipal a entronização da Imagem de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira de Barbacena. logo após, lançamento do Selo Comemorativo aos 220 anos de Barbacena e sessão solene do Legislativo. A programação prossegue no sábado (13) com a apresentação da Banda de Música da EPCAr, em frente à Câmara Municipal às 10h.

Fonte: Barbacena On-line

Descaso de Oficial resulta na morte de PM - Muito triste

No vídeo abaixo podemos compreender em parte a dor de um pai que previa a morte do filho, mas infelizmente dependia de um Oficial, o que resultou na perda da vida de seu filho. Mas como aprendemos desde pequenos todos nós temos a nossa hora de partir, mas se "a" oficial tivesse realizado seu trabalho como deveria esse PM recém formado teria sua vida ceifada? Essa é uma pergunta que não teremos reposta. Meus sentimentos para o 2º Sgt. Antônio e sua família.


Fonte: YouTube

Legislação PMMG em CD – Faça o Download grátis

Caros amigos, devido a ter trabalhado com legislação institucional e gostar do assunto, gravei um CD que sempre presenteava os amigos. Como sei que a disponibilidade de uma boa biblioteca à respeito nem sempre é de fácil acesso, estou aqui disponibilzando o CD para download. O arquivo está no formato .iso.Não tenho aqui a pretensão de achar que este, contempla toda legislação da PM , mas pode auxiliar nos diversos concursos da Instituição, já que os documentos foram selecionados, segundo o que eram pedidos em diversos editais editais.


Clique aqui para fazer o download da Legislação Institucional compactado em .rar. (Para descompactar utilize Winrar ou Winzip e grave a imagem em um CD com Nero ou Daemon, caso não queira gravar o arquivo em CD utilizar o software Daemon). (182,25 mb)

Fonte: Amigos da Caserna

Viaturas da Polícia Militar começam a receber equipamento de leitura de placas

Viaturas da Polícia Militar que patrulham Aparecida de Goiânia começaram a receber, pela primeira vez, equipamento inteligente de leituras de placas. Conhecido como Auto Detector, o aparelho faz a leitura automática de placas de qualquer veículo. Duas câmeras instaladas no teto da viatura enviam as informações em tempo real para o computador localizado na parte interna da viatura.


O sistema, que tem capacidade para processar informações de 54 placas em um minuto, é interligado com o banco de dados Secretaria de Segurança Pública (SSP), Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Secretaria da Fazenda (Sefaz). Caso haja alguma irregularidade, o equipamento emite um sinal sonoro avisando o policial. É possível saber, por exemplo, se o veículo é furtado, roubado, clonado ou está com licenciamento atrasado.

Na manhã desta terça-feira, 9, a tecnologia foi utilizada a favor da Polícia. Policiais militares do 8º BPM (2º CRPM) conseguiram recuperar um veículo com registro roubo. “Quando o carro passou pela viatura, o sistema detectou que era roubado”, explicou o sargento João Alberto. Já é segundo veículo recuperado pela Polícia Militar esta semana através do auxílio do equipamento.

Nesta primeira etapa, serão instalados 53 equipamentos em viaturas da PM na cidade de Aparecida, Goiânia e outros municípios do Estado. O sistema será implantado em outras viaturas gradativamente.

Os primeiros equipamentos foram instalados no ano de 2009, em fase experimental. Além de modernizar as ações da PM, o sistema pretende reduzir o índice de roubo de veículos. Com o auxílio do equipamento, o policial militar também poderá selecionar melhor as abordagens.

Fonte: 2º CRPM – Assessoria de Comunicação Social

Gladiador é apresentado pela Polícia Militar

Veículo aguenta tiros de fuzil e derruba muros e paredes.
A Polícia Militar apresentou ontem o Gladiador, veículo blindado que pode ser adquirido pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) para fortalecer o combate à criminalidade no Paraná.

A expectativa é que o novo produto, caso seja aprovado pelo governo, auxilie em ações antiterrorismo -visando a Copa do Mundo de 2014 -, no patrulhamento na fronteira com o Paraguai, e em operações de risco em todo o território paranaense.

O veículo seria usado principalmente pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O tenente-coronel Nerino Mariano de Brito, comandante do Bope, afirmou que esta não é uma necessidade urgente da polícia paranaense, mas considera que o Gladiador traria muitas vantagens.

“Um veículo blindado auxilia o policial a se aproximar da ocorrência e interceptar e prender criminosos, com a segurança necessária”, afirmou. “Com a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, é um recurso a mais no combate ao terrorismo”, acrescentou.

De acordo com Nerino, uma das principais funções do veículo seria o apoio em operações na fronteira. “Nessa região, a polícia pode ser recebida com tiros vindos da margem vizinha e o blindado serve como cobertura, permitindo que o policial se aproxime com proteção”, detalhou.

Prático

Apesar da imponência e robustez, o Gladiador é considerado um veículo de bastante praticidade, podendo ser usado em diferentes ações policiais. Uma delas se refere à tomada de reféns por parte de marginais.

Para Nerino, o blindado pode ser muito útil contra bandidos barricados, fortemente armados e em situação de dominância, com reféns. “É algo que vem se tornando rotineiro no Brasil”, afirmou.

O veículo é capaz de derrubar muros e paredes, o que facilita a entrada em locais de refino de drogas, onde os criminosos estão equipados com armamento pesado para impedir a chegada da polícia. O Gladiador também seria usado na invasão de favelas e regiões de terrenos irregulares.

Câmeras e aberturas pra atirar

O Gladiador é considerado um blindado leve - pesa 6,3 toneladas - com tração 4x4. Tem capacidade para sete ocupantes, incluindo o motorista, e as portas abrem nas laterais e na traseira.

O veículo é indicado para qualquer tipo de solo, é equipado com motor MWM de 185 cavalos e alcança até 105 quilômetros por hora. Possui quatro câmeras, para monitoramento externo, e sete aberturas para as armas. O pneu possui uma cinta, que permite, em caso de furo, percorrer mais cinco quilômetros. O veículo é fabricado pela Inbrafiltro.

Demonstração à base de chumbo grosso

Teste de resistência teve disparos de variados calibres.

Na tarde de ontem, policiais do Bope simularam situações de conflito para apresentar o Gladiador, na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais. Participaram da demonstração equipes da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) e do Comando e Operações Especiais (Coe).

A primeira prova analisou a eficácia da blindagem. Tiros de grosso calibre foram disparados contra o veículo, que nada sofreu, a não ser marcas na lataria. Os policiais começaram usando pistolas calibre ponto 40 e nove milímetros e, em seguida, evoluíram para tiros de calibre 12 e de fuzil AR-15.

Mesmo assim, nada que afetasse a estrutura do veículo. Houve dano em apenas um disparo, que ricocheteou e quebrou o espelho retrovisor. Profissionais da imprensa puderam acompanhar os disparos de dentro do veículo.

“É estranho ter alguém apontando uma arma para você, principalmente sabendo que os tiros são reais. Na hora do disparo, a gente percebe o impacto, porque a porta treme, mas não se ouve tanto o estampido. Mesmo assim, a sensação é de segurança”, afirmou Átila Alberti, repórter fotográfico da Tribuna.

Simulação

Os policiais ainda fizeram simulações de técnicas de avanço em áreas de risco e combate, usando o Gladiador como escudo. Também testaram as seteiras (aberturas para permitir disparos das armas) e, de dentro do veículo, atiraram contra alvos.

Relatório

Blindagem aprovada.
Os testes com o Gladiador deverão ser realizados até 22 de agosto, em diversos ambientes, em Curitiba e região metropolitana, e na fronteira com o Paraguai. A intenção da polícia é verificar as reais condições do blindado no enfrentamento da criminalidade e sua viabilidade em terrenos urbanos e rurais.

“Ao final dos testes, um relatório será enviado para a Sesp, que irá analisar o custo-benefício do veículo e recomendar ou não sua aquisição. Também será enviado relatório para o fabricante, com eventuais alterações se forem necessárias”, explicou Nerino.


Fonte: Paraná On-Line


Patricia Acioli, juíza linha-dura com grupos de extermínio de São Gonçalo, é morta na porta de casa

Juíza Patricia Acioli Foto: Reprodução de internet
A juíza Patricia Acioli, da 4ª Vara Criminal, de São Gonçalo, foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira, com mais de 10 tiros, quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói. Segundo testemunhas, dois homens numa moto efetuaram os disparos antes mesmo que ela saísse do carro. Patricia Acioli, de 44 anos, era conhecida por uma atuação dura contra a ação de grupos de extermínio na região. Policiais do 7º BPM (São Gonçalo) denunciados por homicídio em casos que foram registrados, inicialmente, como autos de resistência, seriam julgados pela juíza, que era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo desde 1999. Ela era a única que julgava processos de homicídio — e crimes correlatos — na cidade. Conhecida pelo rigor na hora de inquirir os réus e por dar celeridade aos processos, ela considera o crime cometido por um policial durante o serviço mais grave que o praticado por um cidadão comum.

Recentemente, ela havia prendido quatro milicianos do bairro Luiz Caçador — responsáveis por mais de cem homicídios — e outros sete do bairro Engenho Pequeno. Além disso, mandou prender Luiz Anderson de Azeredo Coutinho, tido como o maior bicheiro de São Gonçalo.




Marcada para morrer

Em janeiro deste ano, agentes da 72ª DP (Mutuá), em Guarapari, no Espírito Santo, prenderam Wanderson Silva Tavares, o Gordinho ou Tenente, de 34 anos, apontado como chefe de um grupo de extermínio, formado por policais civis e militares, e investigado por, pelo menos, 16 mortes em São Gonçalo. Com ele, foi apreendida uma "lista negra" com 12 nomes de pessoas marcadas para morrer, entre eles estava o nome de Patricia Acioli.

Parentes da juíza Patricia Acioli se desesperam com o crime brutal Foto: Pedro Kirilos
Além da juíza, faziam parte da lista o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, do Tribunal do Júri do município; três policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (Mutuá); o delegado Geraldo Assed; além de testemunhas dos crimes, entre elas a mãe de uma das vítimas, e até mesmo os próprios integrantes do grupo de extermínio que o apontaram como sendo líder do bando.

Patricia Acioli dizia não ter medo de morrer. — Quem quer fazer algo vai e faz, não fica ameaçando. Ninguém morre antes da hora — declarou em uma entrevista a "O Globo".

Outro atentado

Homem de confiança da juíza também sofreu um atentado. O cabo PM Marcelo Poubel de Araújo, de 35 anos, foi baleado na Niterói-Manilha, altura do bairro Boa Vista, em São Gonçalo. Ele viajava na moto Honda Twister verde LOI-1986, na pista sentido Niterói, quando foi atacado a tiros por dois homens numa moto Falcon verde, sem placa. O policial reagiu.

Quatro policiais militares, sendo dois do 12º BPM (Niterói) e dois do 7º BPM (Alcântara), além de dois filhos da tenente Rosa, lotada na Diretoria Geral de Pessoal e candidata a deputada, foram presos na manhã desta sexta-feira, em São Gonçalo, acusados de participar de um grupo de extermínio.

Segundo investigações da polícia, 12 pessoas envolvidas no grupo teriam executado 11 pessoas em São Gonçalo. Dois dos policiais presos são lotados no 12º BPM (Niterói) e outros dois fazem parte do 7º BPM (Alcântara). A juíza havia expedido os mandados de prisão.

Fonte: Extra Globo

domingo, 7 de agosto de 2011

ALTA COMPLEXIDADE - Segurança pública conta com mais 26 policiais militares do Gate

Atuar em ocorrências de alta complexidade é parte do cotidiano de policiais militares do Grupamento de Ações Táticas Especiais - Gate. É com esse pensamento que 26 alunos - um da Polícia Militar de Pernambuco - concluíram o Curso de Operações Especiais - Coesp 2011.

A cerimônia de formatura - realizada na manhã desta sexta-feira, 5, na Academia de Polícia Militar (APM) - contou com a presença dos comandantes da APM, Coronel Eduardo Chiari Campolina, e do Gate, Tenente-Coronel Marcelo Vladimir, além de autoridades civis e militares e da Banda de Música da Academia. O ex-comandante do Grupamento, Coronel do Quadro da Reserva Euler Pereira Queiroz, foi o paraninfo da turma,

CURSO

Com duração de três meses, o curso tem o objetivo de capacitar os policiais com técnicas mais avançadas na área de operações especiais. Os policiais militares passaram por treinamentos em operações aquáticas, em altura, helitransportadas e me trechos de matas. Os alunos ainda receberam ensinamentos de manuseio de explosivos, entradas táticas, patrulhamento de alto risco, técnicas de negociação, gerenciamento de crise, tiro de precisão, escolta e proteção de autoridades.

Também foram capacitados em Antibombas e Contraterrorismo, Armamento e Equipamentos Policiais Especiais, Direitos Humanos, Gestão de Operações, Paraquedismo, Pronto-socorrismo, Proteção de Dignitários (autoridades), Técnicas de Sobrevivência e Operações em Áreas Rurais.

Ao final do curso, os alunos visitaram o Batalhão de Operações Policiais - Bope e a Coordenadoria de Recursos Especiais - Core, no Rio de Janeiro, e também o Gate e a Companhia de Operações Especiais - COE, em São Paulo.

Para o Ten-Cel Vladimir, o alto nível do curso mensura os policiais militares que poderão integrar o Gate e, por isso, o processo de seleção é muito rigoroso. "Tivemos uma seletiva bem difícil e só entraram para o curso, militares que já estavam muito bem preparados." Segundo o oficial, os 26 policiais formados estão aptos a atuar no policiamento em operações especiais,

FORMATURA

Já no início da solenidade, autoridades, parentes e amigos, puderam sentir o clima do curso. Quatro formandos desembarcaram de uma aeronave da PM, utilizando a técnica do pairado, e se juntaram ao restante do grupo, em solo, que mostrava aos presentes como é exercido o policiamento em locais de risco. Mais adiante, dois militares, utilizando a técnica do rapel, também desceram de um helicóptero.

O paraninfo da turma, Coronel Euler, fez um discurso emocionado, que reforçava a importância do Gate para a Corporação e ainda agradecia o convite para ser padrinho dos formandos. "Sinto-me honrado pelo convite, pois nós sabemos a importância e responsabilidade que é vestir esta farda. Desejo que vocês sejam os melhores no que fazem."

O QUE ELES DISSERAM

"Entrei na Polícia Militar para ser do Gate, que baseia seu policiamento em profissionalismo e grande técnica." Assim o Soldado Alexandre da Silva Reis definiu o seu interesse em participar do Coesp. O militar, que está há dois anos e meio na PMMG, atuava no Batalhão de Trânsito e diz que o curso, por ser muito rigoroso, capacita o aluno para atuar em missões difíceis.

O mais novo integrante do Gate, o Soldado Ricardo Duarte, de 22 anos e há dois na Corporação, explica que, por vocação, resolveu fazer o curso. "Ingressei na PM para defender a sociedade e vejo no Gate a melhor possibilidade para fazer isso."

O Tenente André Ferraz, da Polícia Militar de Pernambuco, enaltece a instituição mineira, que é uma referência para ele. "Decidi participar do Coesp, em Minas, por seu alto nível técnico e profissional. Foi uma grande experiência, aprendi muitas coisas que vou empregar em Pernambuco. A disciplina de entradas táticas foi a que mais gostei", ressaltou o oficial, que voltou para seu Estado para ingressar na Companhia de Operações Especiais.

Primeiro lugar no curso, o Tenente Daniel Lopes foi destaque. tanto na parte física quanto técnica e emocional. O policial militar ressaltou que, como grande parte de seus companheiros, sempre sonhou em atuar no Gate: "É o local onde podemos combater o bom combate".

Fonte: PMMG

Acredite esse é o poder das Redes Sociais

Ex-PM preso por homicídio atualiza perfil no Facebook e fala ao celular no presídio


Raleigh Machado Dias. Nasceu em 20 de junho de 1977. Mora em Campos, Rio de Janeiro, Brasil. Religião: Espírita. Interessam-me: Mulheres. Status de relacionamento: Solteiro.

Essas poderiam ser informações de uma página normal da rede social Facebook. Raro, aqui, é o fato de o dono do perfil ser um ex-policial militar acusado de matar três pessoas em Campos, no Norte Fluminense. E pelo menos um dado não confere: a atual moradia de Raleigh é o presídio Ary Franco, em Água Santa, no Rio, onde está preso desde 2009. Dali, ele vem mantendo contato com o mundo pela internet sem ser importunado.

Criado em 22 de julho, o perfil exibia, até a última sexta-feira, 282 amigos na lista de Raleigh. Em duas semanas, o preso postou dezenas de mensagens contando sua rotina na cadeia. "Começou a novela das seis. Fui! Isso é tão sério quanto jogo do Flamengo!", escreveu na última quarta-feira, sendo respondido por sete amigos. "Que todos tenhamos uma ótima noite de desanço!", desejou na noite do dia 27. Menos de 24 horas depois, postou: "o trem bala vermelho e preto vai partir p(ara) o campo!".

Nos últimos dias, Raleigh tem mostrado esperança de ser absolvido no julgamento, marcado para o próximo dia 25 na 3 Vara Criminal de Niterói. Apontado como réu na chacina de três estudantes numa república, em 18 de fevereiro de 2009, Raleigh teve, a pedido do Ministério Público, o julgamento transferido de Campos para Niterói, por "praticar crimes típicos de atividades de grupos de extermínio, juntamente com outros milicianos, além do fato de estar ligado a influente grupo político da Comarca", segundo o pedido de desaforamento feito pelo MP.

Promotor: ‘Um dos assassinos mais perigosos de Campos’

Raleigh foi aprovado no concurso para a PM em 2001. Quatro anos depois, durante a Operação Petisco I, da Polícia Federal, houve denúncias de seu envolvimento com traficantes de Campos. O promotor Bruno Gaspar, do Tribunal do Júri da cidade e membro do Grupo de Combate ao Crime Organizado, conta que, na época, a PF suspeitava que o ex-PM atuava avisando criminosos sobre operações policiais em favelas.

Por falta de provas, Raleigh foi absolvido no julgamento, mas acabou expulso da PM por "irregularidades", segundo informa a corporação. Daí em diante, passou a fazer segurança para políticos influentes da região.

O ex-PM respondeu por duas tentativas de homicídio — foi absolvido em uma e impronunciado em outra — e foi condenado por porte de arma, em 2009. No mesmo ano foi preso acusado de matar os três estudantes, no Centro do município. Edilberto Siqueira Batista Júnior, acusado da co-autoria, chegou a confessar o crime e revelar o envolvimento de Raleigh.

Segundo a denúncia do Ministério Público, as vítimas foram assassinadas porque "um casal de tios de Edilberto (...) se sentia incomodado (...) de festas e uso de entorpecentes na casa onde estavam".

— Ele (Raleigh) é um dos assassinos mais perigosos de Campos, embora ainda não tenha sido condenado por homicídio — afirma Bruno Gaspar.

De acordo com o promotor, o Ministério Público ainda apura se Raleigh e Edilberto fazem parte de um grupo de extermínio.

Fonte: Extra Globo