Juíza Patricia Acioli Foto: Reprodução de internet |
Recentemente, ela havia prendido quatro milicianos do bairro Luiz Caçador — responsáveis por mais de cem homicídios — e outros sete do bairro Engenho Pequeno. Além disso, mandou prender Luiz Anderson de Azeredo Coutinho, tido como o maior bicheiro de São Gonçalo.
Marcada para morrer
Em janeiro deste ano, agentes da 72ª DP (Mutuá), em Guarapari, no Espírito Santo, prenderam Wanderson Silva Tavares, o Gordinho ou Tenente, de 34 anos, apontado como chefe de um grupo de extermínio, formado por policais civis e militares, e investigado por, pelo menos, 16 mortes em São Gonçalo. Com ele, foi apreendida uma "lista negra" com 12 nomes de pessoas marcadas para morrer, entre eles estava o nome de Patricia Acioli.
Parentes da juíza Patricia Acioli se desesperam com o crime brutal Foto: Pedro Kirilos
Além da juíza, faziam parte da lista o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, do Tribunal do Júri do município; três policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (Mutuá); o delegado Geraldo Assed; além de testemunhas dos crimes, entre elas a mãe de uma das vítimas, e até mesmo os próprios integrantes do grupo de extermínio que o apontaram como sendo líder do bando.
Patricia Acioli dizia não ter medo de morrer. — Quem quer fazer algo vai e faz, não fica ameaçando. Ninguém morre antes da hora — declarou em uma entrevista a "O Globo".
Outro atentado
Homem de confiança da juíza também sofreu um atentado. O cabo PM Marcelo Poubel de Araújo, de 35 anos, foi baleado na Niterói-Manilha, altura do bairro Boa Vista, em São Gonçalo. Ele viajava na moto Honda Twister verde LOI-1986, na pista sentido Niterói, quando foi atacado a tiros por dois homens numa moto Falcon verde, sem placa. O policial reagiu.
Quatro policiais militares, sendo dois do 12º BPM (Niterói) e dois do 7º BPM (Alcântara), além de dois filhos da tenente Rosa, lotada na Diretoria Geral de Pessoal e candidata a deputada, foram presos na manhã desta sexta-feira, em São Gonçalo, acusados de participar de um grupo de extermínio.
Segundo investigações da polícia, 12 pessoas envolvidas no grupo teriam executado 11 pessoas em São Gonçalo. Dois dos policiais presos são lotados no 12º BPM (Niterói) e outros dois fazem parte do 7º BPM (Alcântara). A juíza havia expedido os mandados de prisão.
Fonte: Extra Globo
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