Fardas policiais são vendidas livremente no ES.
Gerente de loja acredita na necessidade de uma norma para regularizar a venda. Em Vitória, homem foi preso com carteira falsa da Polícia Civil.
Fardas e acessórios policiais chegam com facilidade às mãos de criminosos no Espírito Santo. São vendidos em lojas e até pela internet sem qualquer tipo de controle. Não há sequer uma legislação para essse tipo de comércio.
Por conta disso, cresce o número de crimes cometidos por pessoas que usam uniformes de policiais ou militares.
A oferta pisca para qualquer pessoa que navega pela internet. Fardas do Exército e uniformes da segurança pública podem ser comprados on-line de qualquer lugar do Brasil.
Não tem lei que proíba. É só entrar nas lojas. A farda preta, parecida com a de militares do Grupo de Operações Especiais, é vendida sem restrição, desde que não tenha emblemas da corporação.
Em outra loja de Vitória, em frente ao Batalhão da Polícia Militar, tem boinas, coturnos, capa de coletes, coldre para guardar armas, algemas e cassetete. Qualquer pessoa compra. "O que pode acontecer do lado de fora da loja não é da responsabilidade da empresa", diz a venderora.
Flagrante
Na Grande Vitória, neste mês, um homem foi preso com uma carteira falsa da Polícia Civil. Ele andava em um carro com adesivo da associação de investigadores. Tinha até um sinalizador, que pode ser comprado sem problema em uma loja de conveniência, em um posto de gasolina.
Basta encaixar o sinalizador no isqueiro do carro para que a luz acenda. Foi assim que o falso investigador fez para rodar pela cidade como se estivesse em um carro de polícia. Houve mais prisões, como a de traficantes com uniformes completos da Polícia Militar.
“Eu tenho receio porque a gente nunca sabe o que ocorre: se ele está sendo coagido por alguma coisa ou se é um policial de verdade”, disse uma senhora.
“Em locais muito escuros, não dá para ter muita certeza se é policial ou se é bandido, no caso”, comentou um motorista.
Clientela
Até quem vende concorda. A gerente da loja Maruza de Paula Moraes, que tem como principais clientes as empresas de segurança, acredita que uma norma para regulamentar a situação não seria ruim.
“A gente não tem como diagnosticar quem entra aqui com boa intenção, quem realmente compra para trabalhar ou para praticar um assalto”, disse a gerente Maruza de Paula Moraes.
“Há essa necessidade de haver uma regulamentação federal, porque este não é um problema só que está sendo vivenciado pelas polícias estaduais”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Rodney Miranda.
Fonte: G1
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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