Giforseg repudia proposta de reajuste do governo aprovado pela Assembléia de MG; aumenta revolta dos policiais mineiros
Policiais da ativa, aposentados, esposas dos militares e civis estiveram nas ruas da capital, ontem, protestando contra a proposta de aumento salarial concedido pelo governo à polícia mineira, e em apoio ao movimento grevista da categoria. Às 15h, os manifestantes se concentraram em frente ao Palácio da Liberdade, ocasião em que realizaram o “panelaço”. As polícias do interior do Estado também participaram da manifestação. Lideranças dos policiais alertam para o aumento da insatisfação da tropa, devido ao impasse criado com o governo tucano.Em greve há 15 dias, a Polícia Civil, que recebe apoio institucional da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, não recebeu sinalização do governo de Minas em relação às negociações dos índices de reajuste salarial. O governo encaminhou proposta de reposição de 33,1%, escalonado em três anos, aprovado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em primeiro turno, o que, desde o início, não foi aceito pela classe. Para a diretoria do Gabinete Integrado das Entidades de Classe das Forças de Segurança de Minas Gerais (Giforseg/MG), o Projeto de Lei 929/07, do Executivo, que reajusta, a partir de setembro, em 10% o salário básico dos servidores da segurança em Minas precisa avançar, pois não atende aos anseios da categoria. Diante da insatisfação generalizada, as manifestações continuarão ocorrendo na capital e interior do Estado, com previsão de agenda em Brasília, com ações cada vez mais intensas. De acordo com a diretoria do Giforseg, o reajuste imposto autoritariamente pelo governo mineiro não é o ideal para a valorização das polícias mineiras e “nem condiz com as promessas de campanha do então candidato a governador”. Porém, apenas após a mobilização das seis entidades unidas no Gabinete foi possível a abertura de uma proposta do governo de negociação com a classe. O Giforseg declarou que continuará lutando para que os benefícios sejam concedidos para a categoria e acredita que após a manifestação de ontem será possível abrir novas negociações com o Estado. Segundo membros do Gabinete, a história vem provando que somente na “perseverança e na pressão” o grupo poderá criar alternativas e alcançar conquistas para os trabalhadores. Todas as seis entidades (Acemg, Aspra PM/BM, AOPMBM, CSCS/PMBM, Sindepo-MG, Sindpol/MG) permanecem integradas ao Gabinete e apoiaram o “panelaço”. As polícias mineiras continuam mobilizadas, dentro da orientação da cartilha de greve, que trata das ações constitucionais da luta por melhores salários. Os serviços essenciais da Polícia Civil continuam funcionando com 30% da escala mínima. A greve foi deflagrada dia 02 de maio, conforme decisão da Assembléia Geral da categoria, realizada dia 27 de abril. As polícias lutam pelo reajuste imediato de 19,66%, além da implantação do subsídio como forma de salário.
Fonte: Movo Jornal