sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Polícia Militar de São Paulo - Agora, oficial terá título de mestre e de doutor

Agora, oficial terá título de mestre e de doutor

Mudança na formação educacional distancia a corporação do modelo de ensino das Forças Armadas

Marcelo Godoy

No pacote de mudanças da Polícia Militar está o novo sistema de ensino da corporação. Agora os oficiais serão bacharéis, mestres ou doutores em Ciências Policiais e o soldado, um técnico em Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública. A mudança acaba com um sistema de formação que era espelhado no usado pelo Exército.

Depois de eliminar as matérias propriamente militares de suas escolas, como táticas de infantaria, a PM adaptou seu sistema de ensino ao mundo civil. Soldado, sargento e oficial vão ter diplomas de ensino técnico superior. Os cursos que os oficiais faziam durante a carreira, obrigatórios para as promoções a major e a coronel, ganharam o status de mestrado e doutorado profissionais.

"Os cursos não servirão só para a promoção, mas para a capacitação do homem para ser policial", afirmou o coronel Álvaro Camilo, comandante-geral. "Nosso homem vai estudar policiamento para atender melhor o cidadão. Deixamos de ser uma polícia do Estado", disse.

Atualmente, cada vaga de policial é disputada em média por 44 candidatos - esse número vale para oficiais e soldados. De cada dez aprovados nas provas, até dois são reprovados pela investigação social. "Muitos porque têm ligação com o crime", afirmou Camilo. Por ano, de 2 mil a 2,5 mil homens deixam a corporação - cerca de 450 são expulsos ou demitidos.

Para mudar seu sistema de ensino, a PM buscou reconhecimento no Ministério da Educação por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento Profissional de Nível Superior (Capes). Assim, o atual Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), feito pelos capitães, tornou-se mestrado profissional em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Já o Curso Superior de Polícia (CSP), feito para quem será promovido a coronel, foi reconhecido como doutorado na mesma área.

Foi de um trabalho do CAO que surgiu, por exemplo, a ideia do sistema Olho de Águia - ele era o tema da monografia do hoje major Rogério Holzmann, piloto do Grupamento Aéreo. Um trabalho no CSP ajudou a PM a produzir uma cartilha sobre a abordagem e revista de deficientes. O tempo de formação dos policiais permanecerá o mesmo. O que mudará será o tempo em que os mestrandos e doutorandos terão para fazer suas pesquisas - ele será ampliado em cerca de seis meses.

A atual carga horária do curso de formação de soldados é de 1.319 horas - ele tem duração de dois anos, sendo o segundo dele um estágio probatório. Já curso de oficiais tem 6.243 horas. O CSP é feito com 1.580 horas e o CAO com 1.074 horas. A Polícia Militar paulista será a primeira polícia do País a adotar esse modelo de formação. "Nosso interesse é manter um sistema de educação continuada e de instrução constante do policial", disse o coronel.

Fonte: Jornal o Estado de SÃO Paulo
20/11/2009

Um comentário:

Unknown disse...

E OS SOLDADOS QUE FORAM ISONERADOS,POR SIMPLESMENTE NAO MORAREM NO MESMO MUNICIPIO E PERDERAM SUAS FAMILIAS SO POR ESTAR NO MAL COMPORTAMENTO PELA CORPORAÇAO EM CHEGAR ATRAZADO DEVIDO A CARONA E TER QUE ANDAR ALGEMADO A UM PRESO NESTE MOMENTO ANDANDO NUM ONIBUS OU TREM DE SUBURBIO.SD PM CAVALLI RE 885142-5