segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

MP denuncia dois por tentativa de fraude em concurso da PM de PE

Homem foi preso ao tentar realizar exame no lugar de um candidato inscrito. O concurso recebeu 103.010 inscrições e pode ser suspenso novamente.

O Ministério Público de Pernambuco denunciou dois homens que teriam tentado fraudar o exame de aptidão física do concurso da Polícia Militar para 2,1 mil vagas de soldado. De acordo com o MP-PE, no dia da prova (22 de janeiro), um homem foi preso ao tentar realizar o exame no lugar de um candidato inscrito no concurso.


O inquérito encaminhado pela Polícia Civil indiciava os dois apenas por estelionato, cuja pena vai de 1 a 5 anos de reclusão. No entanto, o promotor Francisco Edílson de Sá Júnior, da Central de Inquéritos da Capital, encontrou no resultado das investigações provas suficientes para propor abertura do processo penal por falsificação de documento público (pena de 2 a 6 anos) e falsidade ideológica (pena de 1 a 5 anos).


De acordo com o MP, a identidade do candidato foi adulterada e foi inserida a foto do homem que não estava inscrito no concurso e que fez a prova no campus da Universidade de Pernambuco, após preencher a ficha do exame com os dados do inscrito.

A descoberta foi feita pela Chefia de Inteligência da Polícia Militar.

A investigação não conseguiu comprovar se houve pagamento na tentativa de fraude. No entanto, segundo o promotor, o resultado do inquérito indica que o candidato inscrito prometeu ajudar o homem que foi fazer a prova com “favores” caso fosse aprovado no concurso.

A comprovação de outro tipo de fraude realizada durante as provas objetivas do mesmo concurso levaram o MP-PE a pedir a anulação da primeira fase. A ação civil pública de autoria do promotor de Justiça Eduardo Cajueiro, que atua na defesa do Patrimônio Público da Capital, deu entrada na Justiça na sexta-feira (5).

O concurso recebeu 103.010 inscrições e a prova objetiva foi realizada no dia 22 de novembro.

O Ministério Público de Pernambuco já havia recomendado que os secretários estaduais de Administração e de Defesa Social do estado suspendessem pelo prazo de 90 dias todos os trâmites relacionados ao concurso. O governo de Pernambuco chegou a acatar a recomendação.
Fonte: G1

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