domingo, 7 de fevereiro de 2010

Polícia erra e quatro inocentes passam mais de um ano presos no interior de SP

Quarteto era acusado de matar filho de comerciante em Mirassolândia. Segundo polícia, caso foi esclarecido com prisão de assaltante em 2009.


Com a apresentação de três acusados de cometer um latrocínio em 2008, a Polícia Civil de São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo, revelou na sexta-feira (5) que erros de investigação levaram à prisão quatro inocentes, que ficaram 13 meses atrás das grades acusados pela autoria do mesmo latrocínio.

Os quatro, moradores em Tanabi, a 477 km da capital paulista, foram denunciados pelo Ministério Público e absolvidos pela Justiça em primeira instância. Mas dois deles afirmaram ter sido espancados e torturados para confessar o crime. As denúncias estão sendo apuradas em processo administrativo pela Corregedoria da Polícia Civil.

O latrocínio aconteceu em 27 de maio de 2008, na zona rural de Mirassolândia, cidade vizinha a Rio Preto e que fica a 466 km de São Paulo. Um comerciante de 53 anos voltava para casa com o dinheiro arrecadado no supermercado da família quando foi surpreendido pelos ladrões. Ele e o filho, de 28 anos, foram espancados e baleados. O rapaz morreu. Semanas depois, a polícia prendeu os quatro inocentes como autores do crime. Os advogados de dois deles afirmam que vão ajuizar ações de reparação de danos morais contra o Estado.

O caso foi esclarecido pela polícia depois que um dos verdadeiros assaltantes foi preso, em novembro de 2009, com um dos celulares levados no assalto. Segundo o delegado José Augusto Fernandes, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São José do Rio Preto, que comandou as investigações, o criminoso apontou uma ex-funcionária do supermercado, que confessou ter encomendado o assalto a quatro homens de Araraquara, onde ela morava. A ex-funcionária e dois comparsas estão presos e outros dois, foragidos.
Fonte: G1

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