BELO HORIZONTE - A Polícia Civil de Minas Gerais está em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais (Sindpol), Antônio Marques Perereira, todos os policiais estão nas delegacias, mas o funcionamento é mínimo. Estão sendo atendidos apenas casos em flagrante, remoção de corpos de ruas e imóveis. O Sindpol informou ainda que todas as investigações estão suspensas.
O Gabinete Integrado das Entidades de Classe das Forças de Segurança de Minas Gerais (Giforceg) informou que os policiais militares apóiam a greve. Eles estão nas ruas, mas atendem apenas a ocorrências de crimes hediondos. Os rastreamentos e os trabalhos da Polícia Civil não estão sendo feitos.
A Secretaria de Estado de Defesa Social afirmou que está sendo realizado um levantamento da situação. Entretanto, ainda não foram identificados problemas nas delegacias e em outros postos onde trabalham policias civis. O único local que apresenta algum distúrbio, segundo a secretaria, é o Detran da Gameleira, região oeste da capital, onde sindicalistas estão na porta impedindo a entrada da população.
Os policiais pedem aumento de 30% nos salários além da recuperação das perdas salariais dos últimos anos. Caso as exigências sejam atendidas o piso salarial da categoria passaria de R$1.353, 90 para R$2,8 mil.
O governo mineiro informou que propôs um reajuste de 33% nos salários. Esse aumento seria dividido em três parcelas, a primeira em setembro deste ano e as outras duas nos meses de abril de 2008 e 2009. Ainda segundo o governo, Minas Gerais é o estado que mais investe em segurança pública, com 13,06% do orçamento. Entre 2003 e 2006, foram investidos mais de R$700 milhões na melhoria da infra-estrutura das corporações.
