Polícias de Minas Gerais continuam em greve e iniciam a semana com mobilizações nas ruas da capital e interior do Estado.
A Polícia Civil de Minas Gerais completa nesta segunda-feira o sexto dia de greve da categoria, que recebe apoio institucional da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado e conta com adesão de mais de 80% dos servidores à paralisação.
As delegacias regionais, seccionais, distritais e especializadas da Polícia Civil de Belo Horizonte e mais de 30 cidades do interior do Estado continuam trabalhando com a escala mínima de 30% do pessoal, e a Polícia Militar segue com a operação “Cana Zero”, trabalhando com morosidade.
Na última sexta-feira, foi julgado pela Juíza Sandra Alves de Santana e Fonseca, da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual, processo impedindo as Entidades de Classe de realizar “piquetes”.
De acordo com a diretoria do Gabinete Integrado das Entidades de Classe das Forças de Segurança de Minas Gerais (Giforseg/MG), os integrantes irão acatar a decisão da Justiça e manterá as ações de mobilização e apoio aos servidores em paralisação, conforme estabelece a cartilha de greve.
“É uma decisão de primeiro grau e será objeto de recurso do Giforseg para revertê-la. Continuamos em greve e não adianta a chefia convocar a Polícia Civil para operações relâmpagos”, disse o agente Antônio Marcos, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG).
A greve foi deflagrada no dia 02 de maio, conforme decisão na Assembléia Geral da categoria, realizada em 27 de abril. Até hoje o governo de Minas não se manifestou. As polícias lutam há dois meses pelo reajuste imediato de 19,66%, além da implantação do subsídio como forma de salário.
De acordo com a comissão de greve do Giforseg, a classe segue com a paralisação dentro da legalidade e as mobilizações públicas continuam.
Para a próxima quinta-feira está previsto o “Apagão da Segurança Pública”. “Todas as polícias mineiras, da capital e interior, vão paralisar por completo, de 6h da manhã do dia 10, até às 6h do dia 11. Será o “Apagão” símbolo da insatisfação da tropa em relação ao aumento de 10% concedido pelo governo no dia 18 de abril e do descaso da cúpula com as Forças de segurança”, lembrou o tenente coronel Domingos Sávio de Mendonça, coordenador do Giforseg.
Segundo a diretoria do Gabinete Integrado, as reivindicações do grupo não cessarão até que o objetivo do movimento seja alcançado: salário digno e justo para as polícias mineiras.
“É necessária a urgente abertura das negociações por parte do governo do Estado para que a greve não traga mais transtornos à população”, alertou o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra PM/BM), subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro.
Fazem parte do Giforseg as seguintes entidades: Associação de Criminalística do Estado de Minas Gerais (Acemg); Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais (AOPMBM); Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra PM/BM); Centro Social de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Minas Gerais (CSCS/PMBM); Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG) e Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindepo-MG).