Polícias de Minas Gerais repudiam proposta de aumento diferenciado; categoria teme pelo aumento da revolta da tropa A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra PM/BM), ao lado dos demais integrantes do Gabinete Integrado das Entidades de Classe das Forças de Segurança de Minas Gerais (Giforseg/MG), realizam na tarde desta quinta-feira protestos em repúdio à proposta do governo mineiro de reajuste diferenciado na tabela de vencimento básico da carreira de Delegado de Polícia, enquanto permanece com proposta de reajuste escalonado, com índices de 30%, em três anos para o restante da classe.
Para o presidente da Aspra, subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro, a tropa está revoltada e houve um rompimento do governo ao acabar com a paridade que existia entre os vencimentos dos Delegados I, II e III, com Tenente, Capitão e Major.
Segundo Luiz Gonzaga, o aumento diferenciado é uma afronta à mobilização da base, que há dois meses luta pelo reajuste, com salário inicial de R$ 2.809,21, somando as perdas acumuladas e a proposta de subsídio.
“A desvalorização da tropa pode intensificar, com reflexos negativos para a classe e a sociedade. O que percebemos nesta proposta absurda é a insatisfação dos próprios Delegados, que não concordam com esse aumento diferenciado”, afirmou o líder da Aspra.
A polícia continua em greve, com o apoio da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, até que o governo sinalize reajuste digno para toda a categoria.
“Apagão”
A diretoria do Gabinete Integrado e as Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros participam hoje do “Apagão da Segurança Pública” em Minas. Haverá doação de sangue no Hemominas, na capital, e demais bancos de sangue de Belo Horizonte e interior.
De acordo com informações do Giforseg, as polícias vão paralisar seus trabalhos e exercer ato de responsabilidade social. Na impossibilidade de não poder assumir a atitude, estão sendo orientados a comparecerem ao médico, dentista, psicólogo ou doar sangue para exames.