Cerca de 300 Policiais Civis entregam uniformes e se recusam a realizar operação especial no Shopping Oiapoque, em BH No dia em que se completa sete dias de paralisação da Polícia Civil de Minas Gerais, que conta com o apoio institucional da Polícia Militar, cerca de 300 policiais escalados para a operação especial prevista para combater o contrabando aderiram à greve.
Os policiais se recusaram a realizar a operação, no momento em que as equipes estavam saindo da Superintendência da Polícia Civil, localizada na Av. do Contorno, 4265.
Segundo os representantes do Gabinete Integrado das Entidades de Classe das Forças de Seguranças de Minas Gerais (Giforseg/MG), o Chefe da Polícia Civil em Minas, Delegado Marco Antonio Monteiro, escalou a operação relâmpago que fiscalizaria a venda de material contrabandeado e pirata. Porém, apenas duas guarnições e uma delegada da Polícia Civil seguiram para o Shopping Oiapoque, no Centro da cidade, esvaziando a operação.
Os policiais escalados entregaram os uniformes e voltaram para casa. Na tarde desta terça-feira, os representantes do Giforseg participam de mobilização, ao lado dos servidores do IPSEMG, que também lutam por melhores salários. A manifestação ocorre a partir das 13h, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
O Giforseg prossegue com as mobilizações e prepara as polícias para o “Apagão da Segurança Pública”, na próxima quinta-feira, 10 de maio, quando todas as polícias mineiras, da capital e interior, vão paralisar por completo, de 6h da manhã do dia 10, até às 6h do dia 11.
Será o “Apagão” símbolo da insatisfação da tropa em relação ao aumento de 10% concedido pelo governo no dia 18 de abril e do descaso da cúpula com as Forças de Segurança.