sábado, 16 de janeiro de 2010

São Paulo - Polícia investiga fraude no Detran

A Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público Estadual investigam o envolvimento de quatro delegados que trabalharam no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) na contratação, sem licitação, de ao menos 13 empresas responsáveis pelo sistema de registro de veículos e de formação de motoristas.

A suspeita é de que os delegados Antonio Carlos Bueno Torres, Gilson Cezar Pereira da Silveira, José Brandini Júnior e o hoje aposentado José Francisco Leigo tinham ligações com as empresas que colhem dados repassados por autoescolas e despachantes de todo o Estado para o Detran.

Para usar os sistemas, autoescolas e despachantes pagam taxas às empresas provedoras dos sistemas chamados Gever (para veículos) e Gefor (para condutores). A investigação não sabe até hoje quanto nem para onde foi o dinheiro arrecadado pelas empresas.

Os dois sistemas foram implantados entre 2001 e 2002, quando os quatro delegados estiveram à frente do Detran.

Gever e Gefor são ferramentas digitais obrigatórias para a transmissão de dados colhidos por autoescolas e despachantes do Estado para a base de registros de veículos e condutores do Detran, gerida pela Prodesp (órgão de processamento de dados do Estado). O sistema é considerado falho e com brechas para fraude. Ele está sendo substituído pelo governo.

Resposta
O delegado Antonio Carlos Bueno Torres negou que fosse investigado. Informado pela reportagem sobre o inquérito, interrompeu a conversa e disse: "vá cuidar da sua vida!"

O delegado José Brandini Júnior está em férias, segundo informaram colegas. Os outros dois delegados investigados foram localizados, mas não quiseram falar. A Prodesp não se manifestou.
Fonte: Agora

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