Bruno Tavares, Renato Machado, Rodrigo Brancatelli e Vitor Hugo Brandalise
SÃO PAULO - A divisão e a falta de articulação entre as Polícias Civil e Militar são apontadas por especialistas em segurança pública com fatores importantes no aumento da criminalidade. Ainda assim, como aponta o pesquisador Guaracy Mingardi, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, não é possível determinar uma única causa que explique todos os crescimentos de ocorrências. "Assim como ninguém soube explicar quando os índices caíram, é impossível indicar apenas um fator para este aumento de crimes."
Para o coronel da reserva da Polícia Militar e especialista em segurança José Vicente da Silva Filho, o aumento das ocorrências policiais se deve em parte à falta de integração entre as Polícias Militar e Civil. "O combate ao crime contra patrimônio depende muito de uma sintonia entre as duas forças", diz. "E o que a gente vê hoje é uma falta de integração tremenda, tanto que tivemos aquele confronto entre a PM e a Civil em 2008. Estamos vendo o reflexo disso, são as cicatrizes. A gente precisa de um só chefe, uma só academia, um só código de trabalho."
O presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Sérgio Mazina, considera que o aumento da violência policial representa um sinal claro de descontrole da polícia. "A violência é sintoma de descontrole exatamente entre quem tem o papel de proteger a sociedade", diz. "Se a polícia não vai bem, as modalidades do crime tendem a crescer também. O crescimento de modalidades mais sofisticadas de crime, como sequestro e roubos de carros, mostra que a área investigativa da polícia está defasada. Claramente, o problema vem da base. O desarmamento deixou de ser prioridade dos governos, e isso também se reflete no aumento da criminalidade."
Já o secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirma que os índices de homicídios crescentes no restante do Estado não indicam necessariamente uma "explosão" de violência no interior. "A partir da redução na metrópole, começam a aparecer os crimes no interior, os homicídios estão diluídos no Estado."
Lima aponta que a capital, por enfrentar o problema há mais tempo, soube trabalhar o combate aos homicídios, e não só policialmente. "O interior está preparado policialmente, mas ainda não trabalha mobilizando todas as esferas públicas na questão."
Para o coronel da reserva da Polícia Militar e especialista em segurança José Vicente da Silva Filho, o aumento das ocorrências policiais se deve em parte à falta de integração entre as Polícias Militar e Civil. "O combate ao crime contra patrimônio depende muito de uma sintonia entre as duas forças", diz. "E o que a gente vê hoje é uma falta de integração tremenda, tanto que tivemos aquele confronto entre a PM e a Civil em 2008. Estamos vendo o reflexo disso, são as cicatrizes. A gente precisa de um só chefe, uma só academia, um só código de trabalho."
O presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Sérgio Mazina, considera que o aumento da violência policial representa um sinal claro de descontrole da polícia. "A violência é sintoma de descontrole exatamente entre quem tem o papel de proteger a sociedade", diz. "Se a polícia não vai bem, as modalidades do crime tendem a crescer também. O crescimento de modalidades mais sofisticadas de crime, como sequestro e roubos de carros, mostra que a área investigativa da polícia está defasada. Claramente, o problema vem da base. O desarmamento deixou de ser prioridade dos governos, e isso também se reflete no aumento da criminalidade."
Já o secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirma que os índices de homicídios crescentes no restante do Estado não indicam necessariamente uma "explosão" de violência no interior. "A partir da redução na metrópole, começam a aparecer os crimes no interior, os homicídios estão diluídos no Estado."
Lima aponta que a capital, por enfrentar o problema há mais tempo, soube trabalhar o combate aos homicídios, e não só policialmente. "O interior está preparado policialmente, mas ainda não trabalha mobilizando todas as esferas públicas na questão."
Fonte: Estadão
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