quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Rio de Janeiro - Vítimas de assaltos, mulheres ganham atenção do manual da polícia do Rio

Polícia recomenda que bolsas não sejam colocadas no banco do carro.Recomendações devem ser divulgadas nos próximos dias.
Alvo dos ladrões em congestionamentos no Rio e em São Paulo, as mulheres vão merecer atenção especial de um manual que a Polícia Civil do Rio estará distribuindo nos próximos dias.
As vítimas são, em geral, escolhidas pelos bandidos em sinais de trânsito e costumam estar distraídas. E a primeira recomendação é: muita atenção, e nada de deixar bolsas ou sacolas nos bancos do carro.
Segundo estatísticas policiais, dez pessoas são assaltadas por hora no Rio de Janeiro - total de 7313 em 2008. Já em São Paulo, uma pessoa é assaltada a cada cinco ou seis minutos.
Médico cria manual para baleados

De tanto operar vítimas baleadas, o cirurgião Antonio Carlos Seixas, que trabalha na emergência do Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, criou um manual para que as pessoas tomem precauções para não serem assaltadas.

“Se o assalto não sair da sociedade, é melhor preparar a sociedade”, diz. O manual reúne dicas para os que forem baleados, como não se apavorar e chamar a pessoa mais próxima. “Eu ando com o manual na bolsa para lá e para cá e distribuo para as pessoas. Acho que é de interesse para todos”, acrescenta o doutor Seixas.
Denúncias

A empresária Patrícia Pinheiro foi atacada por seis adolescentes em um sinal do Leblon, na Zona Sul do Rio. Uma parte da quadrilha foi identificada. Três suspeitos ainda são procurados e um deles quando foi preso, estava com o braço enfaixado, o que facilita quebrar os vidros dos carros. Apenas na 15° DP (Gávea) antes da prisão da quadrilha que assaltou a empresária, há 20 dias, foram registrados nove furtos nos sinais de trânsito a cada dia. Este número caiu para três, graças as denuncias feitas na delegacia. “Vamos orientar também as pessoas que presenciam os crimes, para que elas anotem a placa ou que elas observem mais características e liguem, mesmo que não se identifiquem”, disse a delegada Bárbara Lomba.
Fonte: G1

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