Intenção é criar ações para locais em que o acesso da polícia é dificultado por terra
Fábio Bianchini fabio.bianchini@diario.com.br
A Polícia Militar de Santa Catarina montará um plano-piloto de segurança pública para comunidades ribeirinhas e sistemas portuários e de lagoas. O projeto será testado no Estado para ser adotado no país. A solicitação foi feita nesta sexta-feira, em Florianópolis, pelo secretário nacional de Segurança Pública substituto, Alexandre Augusto Aragon.
O objetivo é criar ações para locais em que o acesso da polícia por terra é dificultado ou estrategicamente menos eficiente que por via aérea ou aquática. A partir daí, disse Aragon, a secretaria quer criar uma nova doutrina de aviação de segurança pública e de polícia social, como forma de aproximar o estado do cidadão e não só como agente de repressão. O secretário afirmou que a necessidade de novas formas de abordagens ficou evidente no combate a crimes ambientais no Norte do país.
— Começamos fechando as estradas por onde eram escoadas as cargas de madeira ilegal e de flora e fauna, logo o transporte foi modificado para barcos nos rios — explicou.
Santa Catarina foi escolhida porque possui todos os sistemas naturais — rios, ilhas fluviais, lagos, mar e portos — e crimes desde ação de quadrilhas até casos de pirataria portuária, embora em pequena escala. Outra razão da escolha foi o desempenho da Polícia Militar nas enchentes do final de 2008, quando a dificuldade de chegar a locais inacessíveis por via terrestre mudou a cultura policial e fez crescer o número de aeronaves nessas operações.
A expectativa é começar a aplicar ainda em 2010 em Santa Catarina as táticas a serem definidas por uma equipe técnica da PM, explica o subcomandante-geral da corporação no Estado, coronel Luiz da Silva Maciel.
Fonte: Diário Catarinense
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