O cidadão foi morto. Do outro lado da linha, estava uma operadora de telemarketing que não percebeu a gravidade da situação.
Um chamado aflito.
Vítima - Bom dia, aqui tem dois motoqueiros parados só de olho. Tem mais de cinco minutos.
Atendente - Eles estão fazendo algo suspeito?
Vítima - Para mim estão fazendo algo suspeito. Se é motoqueiro, é suspeito ficar parado há muito tempo. Eles não são moradores da rua. Estão parados há muito tempo e não tiram os capacetes da cabeça. Não tiram o capacete.
A ligação partiu de um depósito de bebidas, no Centro de Aracaju. O dono tentou durante cinco minutos convencer a atendente da ameaça que estava por perto, mas sem sucesso.
Atendente - A placa da moto?
Vítima - Eu não vejo. Não posso ir até lá ver. Só sei que ele está parado olhando.
Atendente - O senhor visualizou a característica dos indivíduos?
Vítima – Não. Não conheço. Estão com capacete na cabeça, como é que vou saber?
Atendente - Eu peço que o senhor tenha as características do indivíduo para me passar.
Vítima - Está certo. Está bom. Tchau.
Sem o retorno do chamado da polícia, ele continuou no local e no final da manhã, com tempo de sobra, os bandidos colocaram em prática o que planejavam. O comerciante Eraldo de Jesus Santos foi assassinado com um tiro na cabeça quando saía do depósito.
"Essa morte assim dói demais, é difícil esquecer”, comenta a viúva Marizete da Silva Santos.
"A polícia só passou depois que o mataram, depois de mais de uma hora”, reclama o irmão da vítima Messias de Jesus Santos.
A ligação foi atendida no centro de operações em segurança pública, por uma funcionária de uma empresa de telemarketing. O serviço de atendimento de emergência foi terceirizado há menos de um ano.
Dezesseis atendentes se dividem em três turnos. As ocorrências são repassadas para a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e IML de Sergipe, mas o socorro só é enviado quando esses funcionários acham necessário.
Quem já recorreu ao 190 diz que as falhas no atendimento são constantes.
“Tem que rever esse contrato e voltar para os policiais, para que policiais preparados, que iram atender e mandar as viaturas, acabar com essa burocracia, para que não aconteça mais. Agora quem vai reparar a vida desse cidadão?”, questiona o sargento Jorge Vieira, da Associação de Militares de Sergipe.
Nossa reportagem tentou ouvir algum representante da secretaria de segurança pública de Sergipe, mas não teve resposta.
Um chamado aflito.
Vítima - Bom dia, aqui tem dois motoqueiros parados só de olho. Tem mais de cinco minutos.
Atendente - Eles estão fazendo algo suspeito?
Vítima - Para mim estão fazendo algo suspeito. Se é motoqueiro, é suspeito ficar parado há muito tempo. Eles não são moradores da rua. Estão parados há muito tempo e não tiram os capacetes da cabeça. Não tiram o capacete.
A ligação partiu de um depósito de bebidas, no Centro de Aracaju. O dono tentou durante cinco minutos convencer a atendente da ameaça que estava por perto, mas sem sucesso.
Atendente - A placa da moto?
Vítima - Eu não vejo. Não posso ir até lá ver. Só sei que ele está parado olhando.
Atendente - O senhor visualizou a característica dos indivíduos?
Vítima – Não. Não conheço. Estão com capacete na cabeça, como é que vou saber?
Atendente - Eu peço que o senhor tenha as características do indivíduo para me passar.
Vítima - Está certo. Está bom. Tchau.
Sem o retorno do chamado da polícia, ele continuou no local e no final da manhã, com tempo de sobra, os bandidos colocaram em prática o que planejavam. O comerciante Eraldo de Jesus Santos foi assassinado com um tiro na cabeça quando saía do depósito.
"Essa morte assim dói demais, é difícil esquecer”, comenta a viúva Marizete da Silva Santos.
"A polícia só passou depois que o mataram, depois de mais de uma hora”, reclama o irmão da vítima Messias de Jesus Santos.
A ligação foi atendida no centro de operações em segurança pública, por uma funcionária de uma empresa de telemarketing. O serviço de atendimento de emergência foi terceirizado há menos de um ano.
Dezesseis atendentes se dividem em três turnos. As ocorrências são repassadas para a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e IML de Sergipe, mas o socorro só é enviado quando esses funcionários acham necessário.
Quem já recorreu ao 190 diz que as falhas no atendimento são constantes.
“Tem que rever esse contrato e voltar para os policiais, para que policiais preparados, que iram atender e mandar as viaturas, acabar com essa burocracia, para que não aconteça mais. Agora quem vai reparar a vida desse cidadão?”, questiona o sargento Jorge Vieira, da Associação de Militares de Sergipe.
Nossa reportagem tentou ouvir algum representante da secretaria de segurança pública de Sergipe, mas não teve resposta.
Fonte: G1
Um comentário:
O 190 de sergipe é pior que existe, o cidadão precisa morrer para ser atendido.
Liguei varias veses para o 190 reclamando de som de carro estupidamente alto durante toda a madrugada, sabe qualé a resposta deles: Sua ocorência foi registrada porem nunca atendido e se insiste em ligar pele segunda vez eles ficam com raiva.
Postar um comentário