O Orçamento da Bahia para 2010 prevê uma redução de 62,7% nos investimentos para a segurança pública, um dos principais problemas da administração Jaques Wagner (PT) desde a posse do governador, em janeiro de 2007.
Desde então, quase 12 mil homicídios foram registrados no Estado, de acordo com informações oficiais. Em 2009, o governo alocou R$ 143,1 milhões para investimentos no setor - para o ano que vem, a projeção é aplicar R$ 53,3 milhões.
Depois de muita obstrução e mais de 20 horas de sessão, o Orçamento de R$ 23,7 bilhões do Estado foi aprovado pela Assembleia Legislativa, o que corresponde a um aumento de 4,1% em relação a 2009. "A redução na segurança pública demonstra, definitivamente, que o governo perdeu o controle da situação", afirmou o deputado Carlos Gaban (DEM).
O líder do governo na Assembleia, Waldenor Pereira (PT), contesta a declaração. "Reconhecemos que a segurança pública é o nosso calcanhar-de-aquiles, mas o governo tem feito tudo para melhorar o desempenho do setor e dar tranquilidade à população."
Um levantamento feito pela bancada de oposição revela que, das três áreas consideradas mais importantes (segurança pública, saúde e educação), apenas saúde ganhou um incremento de 5,8% em relação ao Orçamento do ano passado. Em compensação, em duas pastas "políticas" (Casa Civil e Planejamento) o percentual de aumento foi muito elevado.
"A Casa Civil ganhou um incremento de 861,9%, e o Planejamento, 116,2%, o que significa que o governo vai priorizar a parte política justamente em um ano eleitoral", disse Carlos Gaban. No próximo dia 5 de janeiro, os 63 deputados estaduais da Bahia devem confirmar a aprovação do Orçamento em segundo turno.
Segurança Pública
A redução dos investimentos em segurança pública contrasta com o aumento da violência na Bahia. Entre 2006 e 2008, o número de assassinatos subiu 33,9%, somente na região metropolitana de Salvador. No mesmo período, mas apenas em Salvador, o índice é bem maior: 79,54% a mais de assassinatos.
Levando-se em conta todo o Estado, a elevação atinge 43,1%. Em 2006, aconteceram 3.718 homicídios na Bahia, ante 4.612 no ano passado, de acordo com o Cedep (Centro de Documentação e Estatística da Polícia), órgão da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Os dados fornecidos pelo próprio governo também demonstram que os recursos colocados à disposição no Orçamento para investimentos no setor não são integralmente cumpridos. Este ano, por exemplo, dos R$ 143,1 milhões disponibilizados para a SSP para investimentos, apenas R$ 17,2 milhões foram efetivamente gastos (até o mês passado). No ano passado, dos R$ 121,9 milhões colocados na rubrica, o governo gastou R$ 26,5 milhões. "A experiência mostra que, quanto menor o investimento, mais forte fica o crime organizado", disse Carlos Gaban.
O deputado Waldenor Pereira rebate. "Mesmo com a crise, estamos investimento o mesmo percentual de outras administrações. E, além disso, estamos fazendo muitas parcerias com o governo federal para combater o crime."
Desde então, quase 12 mil homicídios foram registrados no Estado, de acordo com informações oficiais. Em 2009, o governo alocou R$ 143,1 milhões para investimentos no setor - para o ano que vem, a projeção é aplicar R$ 53,3 milhões.
Depois de muita obstrução e mais de 20 horas de sessão, o Orçamento de R$ 23,7 bilhões do Estado foi aprovado pela Assembleia Legislativa, o que corresponde a um aumento de 4,1% em relação a 2009. "A redução na segurança pública demonstra, definitivamente, que o governo perdeu o controle da situação", afirmou o deputado Carlos Gaban (DEM).
O líder do governo na Assembleia, Waldenor Pereira (PT), contesta a declaração. "Reconhecemos que a segurança pública é o nosso calcanhar-de-aquiles, mas o governo tem feito tudo para melhorar o desempenho do setor e dar tranquilidade à população."
Um levantamento feito pela bancada de oposição revela que, das três áreas consideradas mais importantes (segurança pública, saúde e educação), apenas saúde ganhou um incremento de 5,8% em relação ao Orçamento do ano passado. Em compensação, em duas pastas "políticas" (Casa Civil e Planejamento) o percentual de aumento foi muito elevado.
"A Casa Civil ganhou um incremento de 861,9%, e o Planejamento, 116,2%, o que significa que o governo vai priorizar a parte política justamente em um ano eleitoral", disse Carlos Gaban. No próximo dia 5 de janeiro, os 63 deputados estaduais da Bahia devem confirmar a aprovação do Orçamento em segundo turno.
Segurança Pública
A redução dos investimentos em segurança pública contrasta com o aumento da violência na Bahia. Entre 2006 e 2008, o número de assassinatos subiu 33,9%, somente na região metropolitana de Salvador. No mesmo período, mas apenas em Salvador, o índice é bem maior: 79,54% a mais de assassinatos.
Levando-se em conta todo o Estado, a elevação atinge 43,1%. Em 2006, aconteceram 3.718 homicídios na Bahia, ante 4.612 no ano passado, de acordo com o Cedep (Centro de Documentação e Estatística da Polícia), órgão da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Os dados fornecidos pelo próprio governo também demonstram que os recursos colocados à disposição no Orçamento para investimentos no setor não são integralmente cumpridos. Este ano, por exemplo, dos R$ 143,1 milhões disponibilizados para a SSP para investimentos, apenas R$ 17,2 milhões foram efetivamente gastos (até o mês passado). No ano passado, dos R$ 121,9 milhões colocados na rubrica, o governo gastou R$ 26,5 milhões. "A experiência mostra que, quanto menor o investimento, mais forte fica o crime organizado", disse Carlos Gaban.
O deputado Waldenor Pereira rebate. "Mesmo com a crise, estamos investimento o mesmo percentual de outras administrações. E, além disso, estamos fazendo muitas parcerias com o governo federal para combater o crime."
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