Em quatro anos, PMs quadruplicaram o total de projéteis recolhidos na Capital.
De calibres variados, contrabandeadas, desviadas, recarregadas. Para revólver, pistola ou fuzil. A munição parece estar sobrando nas mãos dos criminosos de Porto Alegre. Nos últimos quatro anos, as apreensões feitas pela Brigada Militar quadruplicaram.
Até o final de novembro, a BM retirou das ruas 23.827 projéteis. No mesmo período, foram apreendidas 1.060 armas. Ou seja, 22,47 balas por arma. Em 2006, a proporção era de 6,27 por arma apreendida. A quantidade de munição apreendida neste ano é 89% maior do que em 2008.
Para o coronel Altemir Folgiarini Ferreira, comandante do Policiamento da Capital, o aumento no número das apreensões é resultado do trabalho feito pelos policiais militares. Na visão do coronel, a quantidade de munição circulando na mãos dos criminosos não teria aumentado. O que cresceu foi o trabalho repressivo da polícia.
– Na nossa avaliação, há uma intensificação do trabalho da BM em relação às abordagens, principalmente em locais em que ocorre o tráfico de drogas – analisa o comandante do Policiamento da Capital.
Polícia e BM divergem em relação à origem das balas
A avaliação do coronel Altemir é compartilhada pelo delegado Bolívar Llantada, titular da Delegacia de Homicídios. Mas o aumento dos crimes violentos, em que a vítima é morta com um número elevado de tiros, foi notado pelos policiais. Seria uma demonstração de poder, principalmente das quadrilhas de traficantes.
– A quantidade de tiros pode ter três significados. Pode ser uma demonstração de força do bando, servir de exemplo dentro da comunidade ou para que o assassino tenha certeza da morte – afirma Bolívar.
O assassinato de um adolescente de 17 anos, na semana passada, é um exemplo de que munição não falta para os criminosos em Porto Alegre. Deivid dos Santos Gomes foi assassinado com 21 tiros de pistola calibre .380 na Vila Tecnológica, bairro Farrapos.
Conforme a investigação da Polícia Civil, Deivid foi perseguido por três homens. Enquanto corria, foi atingido nas pernas e nas costas. Ao cair, foi alvejado diversas vezes. O assassino, depois de descarregar a pistola, teve tempo de trocar o pente e voltar a atirar na vítima.
– A recarga do tambor do revólver ou a troca do pente da pistola são sinais claros de uma execução. O assassino quer ter certeza de que a vítima morrerá – avalia Bolívar.
O único ponto em que o comandante do CPC e o delegado da Homicídios não concordam é a origem das munições. Para o delegado Bolívar, a maior parte dos cartuchos apreendidos são recarregados. Poucos seriam contrabandeados pelos criminosos.
– Já prendemos dois armeiros clandestinos que recarregavam munição para quadrilhas da Capital – afirma o chefe de investigações da especializada, Pedro Diniz.
De acordo com o coronel Altemir, os projéteis apreendidas pela Brigada Militar, em sua maioria, chegam ao Estado depois de entrar no país pela fronteira com o Paraguai, fruto do contrabando.
Até o final de novembro, a BM retirou das ruas 23.827 projéteis. No mesmo período, foram apreendidas 1.060 armas. Ou seja, 22,47 balas por arma. Em 2006, a proporção era de 6,27 por arma apreendida. A quantidade de munição apreendida neste ano é 89% maior do que em 2008.
Para o coronel Altemir Folgiarini Ferreira, comandante do Policiamento da Capital, o aumento no número das apreensões é resultado do trabalho feito pelos policiais militares. Na visão do coronel, a quantidade de munição circulando na mãos dos criminosos não teria aumentado. O que cresceu foi o trabalho repressivo da polícia.
– Na nossa avaliação, há uma intensificação do trabalho da BM em relação às abordagens, principalmente em locais em que ocorre o tráfico de drogas – analisa o comandante do Policiamento da Capital.
Polícia e BM divergem em relação à origem das balas
A avaliação do coronel Altemir é compartilhada pelo delegado Bolívar Llantada, titular da Delegacia de Homicídios. Mas o aumento dos crimes violentos, em que a vítima é morta com um número elevado de tiros, foi notado pelos policiais. Seria uma demonstração de poder, principalmente das quadrilhas de traficantes.
– A quantidade de tiros pode ter três significados. Pode ser uma demonstração de força do bando, servir de exemplo dentro da comunidade ou para que o assassino tenha certeza da morte – afirma Bolívar.
O assassinato de um adolescente de 17 anos, na semana passada, é um exemplo de que munição não falta para os criminosos em Porto Alegre. Deivid dos Santos Gomes foi assassinado com 21 tiros de pistola calibre .380 na Vila Tecnológica, bairro Farrapos.
Conforme a investigação da Polícia Civil, Deivid foi perseguido por três homens. Enquanto corria, foi atingido nas pernas e nas costas. Ao cair, foi alvejado diversas vezes. O assassino, depois de descarregar a pistola, teve tempo de trocar o pente e voltar a atirar na vítima.
– A recarga do tambor do revólver ou a troca do pente da pistola são sinais claros de uma execução. O assassino quer ter certeza de que a vítima morrerá – avalia Bolívar.
O único ponto em que o comandante do CPC e o delegado da Homicídios não concordam é a origem das munições. Para o delegado Bolívar, a maior parte dos cartuchos apreendidos são recarregados. Poucos seriam contrabandeados pelos criminosos.
– Já prendemos dois armeiros clandestinos que recarregavam munição para quadrilhas da Capital – afirma o chefe de investigações da especializada, Pedro Diniz.
De acordo com o coronel Altemir, os projéteis apreendidas pela Brigada Militar, em sua maioria, chegam ao Estado depois de entrar no país pela fronteira com o Paraguai, fruto do contrabando.
Fonte: Diário de Santa Maria
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