Os VANTs – veículos aéreos não tripulados – são alternativas para preservar a vida dos policiais na guerra contra o tráfico. Desde a sua invenção, o helicóptero foi o meio utilizado para defesa e fiscalização em conflitos de áreas menos populosas.
Pelas suas características, como voar em altitudes mais baixas, ele é operado pelas forças policiais preferencialmente quando não há perigo aparente para a aeronave e seus ocupantes.
Com a evolução dos “conflitos urbanos” e o aumento da necessidade de buscas e rastreamento aéreo, o uso do helicóptero se disseminou e entrou também no combate às brigas de gangues, à guerrilha urbana e ao tráfico, entre outros. A expansão da violência urbana fez com que os helicópteros passassem a atuar também nas regiões populosas, mas sempre respeitando os limites de distância que seguros e usados precisam para monitorar as operações.
Os helicópteros que são operados pelas forças policiais em outros países só são utilizados em operações urbanas quando não há perigo aparente para a aeronave e seus ocupantes.
A situação existente no Rio de Janeiro, que resultou na derrubada de um helicóptero da polícia, é praticamente inédita e tem aspectos bem particulares. As características geográficas desfavoráveis (morros altos e totalmente cobertos por favelas ou vegetação densa) permitem infinitas alternativas para os criminosos se posicionarem e causarem surpresa.
Nesse caso, a área urbana sobrevoada não é controlada pelo poder público (ao contrário da maioria das outras situações de emprego de helicóptero sobre áreas povoadas). A rigor, sob o ponto de vista técnico-operacional, quando um helicóptero da polícia do RJ voa sobre favelas está voando sobre território ocupado pelo inimigo.
Olhando para trás, alguém poderia afirmar que era só uma questão de tempo para um helicóptero (com ou sem blindagem) ter sido derrubado. Os helicópteros são grandes, visíveis e fazem um ruído característico que pode ser ouvido a grandes distâncias.
Em um passado mais recente, helicópteros da polícia foram alvejados e um tripulante foi ferido por um tiro disparado do solo.
Outro ataque foi feito a um dirigível que transmitia imagens de vídeo em tempo real sobre conflitos em áreas urbanas conflagradas.
A sucessão desses episódios já está provocando reações das mais diversas.
Especialistas em segurança, por exemplo, alertam para a necessidade de adoção de regras operacionais mais restritivas a esse tipo de aeronave que possam garantir a preservação da vida dos tripulantes.
Outra opinião recorrente é que a polícia deveria adotar rapidamente aeronaves não tripuladas para a vigilância das áreas críticas. Conhecidos como VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), esses modelos já estão disponíveis em vários tamanhos e capacidades e podem voar por longos períodos tanto durante o dia como à noite. Outra opção são os miniVANTs que podem ser lançados a mão, a partir de ruas, estacionamentos, lajes ou pequenas áreas e voam por diversas horas. Um deles pesa cinco quilos e é equipado com câmeras ligadas por satélite a uma central de controle. Durante uma operação, um suspeito pode ser identificado e acompanhado pela tela do computador, ainda que ele esteja a quilômetros do local da ocorrência. A partir daí, as câmeras do miniVANT acompanham automaticamente o “fugitivo” e a perseguição só acaba quando ele for preso. E a aplicação dos miniVANTs não se restringe ao crime.
O policiamento dos jogos de futebol assim como as manifestações populares podem ser monitoradas por essa tecnologia.
Os miniVANTs são mais silenciosos e permitem uma operação discreta sem despertar a atenção.
Eles são praticamente inaudíveis devido a seu motor elétrico e transmitem imagens e vídeos de excelente qualidade para as bases terrestres às quais estão conectados. E, ainda que sejam alvejados, dificilmente eles serão atingidos porque são aeronaves de pequeno tamanho.
Se forem abatidos, não são uma ameaça significativa porque pesam pouco mais de cinco quilos.
Todas essas novas tecnologias que estão surgindo começam a quebrar alguns paradigmas sobre segurança. E o número de policiais nas ruas é um deles, pois já sabemos que a quantidade de agentes não é um indicativo suficiente para medir a segurança de uma área.
O helicóptero, apesar de útil em alguns tipos de operação, não consegue ter uma performance segura e discreta. Desde a derrubada do helicóptero da polícia do Rio de Janeiro, ele passou a ser também um alvo possível e passará a ser buscado por grupos rivais (nem que seja para mostrar que são tão bons quanto os que abateram o helicóptero).
Qual o custo de um helicóptero derrubado e de três policiais mortos? Com a tecnologia de voo não tripulado, poderemos, num futuro próximo, evitar tragédias como essas.
Fonte: Jornal do Brasil
Pelas suas características, como voar em altitudes mais baixas, ele é operado pelas forças policiais preferencialmente quando não há perigo aparente para a aeronave e seus ocupantes.
Com a evolução dos “conflitos urbanos” e o aumento da necessidade de buscas e rastreamento aéreo, o uso do helicóptero se disseminou e entrou também no combate às brigas de gangues, à guerrilha urbana e ao tráfico, entre outros. A expansão da violência urbana fez com que os helicópteros passassem a atuar também nas regiões populosas, mas sempre respeitando os limites de distância que seguros e usados precisam para monitorar as operações.
Os helicópteros que são operados pelas forças policiais em outros países só são utilizados em operações urbanas quando não há perigo aparente para a aeronave e seus ocupantes.
A situação existente no Rio de Janeiro, que resultou na derrubada de um helicóptero da polícia, é praticamente inédita e tem aspectos bem particulares. As características geográficas desfavoráveis (morros altos e totalmente cobertos por favelas ou vegetação densa) permitem infinitas alternativas para os criminosos se posicionarem e causarem surpresa.
Nesse caso, a área urbana sobrevoada não é controlada pelo poder público (ao contrário da maioria das outras situações de emprego de helicóptero sobre áreas povoadas). A rigor, sob o ponto de vista técnico-operacional, quando um helicóptero da polícia do RJ voa sobre favelas está voando sobre território ocupado pelo inimigo.
Olhando para trás, alguém poderia afirmar que era só uma questão de tempo para um helicóptero (com ou sem blindagem) ter sido derrubado. Os helicópteros são grandes, visíveis e fazem um ruído característico que pode ser ouvido a grandes distâncias.
Em um passado mais recente, helicópteros da polícia foram alvejados e um tripulante foi ferido por um tiro disparado do solo.
Outro ataque foi feito a um dirigível que transmitia imagens de vídeo em tempo real sobre conflitos em áreas urbanas conflagradas.
A sucessão desses episódios já está provocando reações das mais diversas.
Especialistas em segurança, por exemplo, alertam para a necessidade de adoção de regras operacionais mais restritivas a esse tipo de aeronave que possam garantir a preservação da vida dos tripulantes.
Outra opinião recorrente é que a polícia deveria adotar rapidamente aeronaves não tripuladas para a vigilância das áreas críticas. Conhecidos como VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), esses modelos já estão disponíveis em vários tamanhos e capacidades e podem voar por longos períodos tanto durante o dia como à noite. Outra opção são os miniVANTs que podem ser lançados a mão, a partir de ruas, estacionamentos, lajes ou pequenas áreas e voam por diversas horas. Um deles pesa cinco quilos e é equipado com câmeras ligadas por satélite a uma central de controle. Durante uma operação, um suspeito pode ser identificado e acompanhado pela tela do computador, ainda que ele esteja a quilômetros do local da ocorrência. A partir daí, as câmeras do miniVANT acompanham automaticamente o “fugitivo” e a perseguição só acaba quando ele for preso. E a aplicação dos miniVANTs não se restringe ao crime.
O policiamento dos jogos de futebol assim como as manifestações populares podem ser monitoradas por essa tecnologia.
Os miniVANTs são mais silenciosos e permitem uma operação discreta sem despertar a atenção.
Eles são praticamente inaudíveis devido a seu motor elétrico e transmitem imagens e vídeos de excelente qualidade para as bases terrestres às quais estão conectados. E, ainda que sejam alvejados, dificilmente eles serão atingidos porque são aeronaves de pequeno tamanho.
Se forem abatidos, não são uma ameaça significativa porque pesam pouco mais de cinco quilos.
Todas essas novas tecnologias que estão surgindo começam a quebrar alguns paradigmas sobre segurança. E o número de policiais nas ruas é um deles, pois já sabemos que a quantidade de agentes não é um indicativo suficiente para medir a segurança de uma área.
O helicóptero, apesar de útil em alguns tipos de operação, não consegue ter uma performance segura e discreta. Desde a derrubada do helicóptero da polícia do Rio de Janeiro, ele passou a ser também um alvo possível e passará a ser buscado por grupos rivais (nem que seja para mostrar que são tão bons quanto os que abateram o helicóptero).
Qual o custo de um helicóptero derrubado e de três policiais mortos? Com a tecnologia de voo não tripulado, poderemos, num futuro próximo, evitar tragédias como essas.
Fonte: Jornal do Brasil
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