Washington, 20 jan (EFE).- O diretor do divisão para as Américas da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, disse que a Polícia brasileira tem "gatilho fácil" e não investiga seus próprios abusos.
Ao apresentar hoje seu relatório anual durante uma entrevista coletiva em Washington, a HRW aponta o Brasil como um dos países da América Latina nos quais a garantia dos direitos humanos piorou no último ano devido aos abusos cometidos pela Polícia na luta contra o tráfico de drogas.
As denúncias de abusos dispararam, mas não há investigações reais para encontrar os culpados e fazer justiça, diz a HRW, que tem sede em Nova York.
Segundo dados oficiais reunidos pela organização, nos primeiros seis meses do ano passado, policiais foram responsáveis por 561 homicídios apenas no estado do Rio de Janeiro, onde o problema é mais grave.
"Os mecanismos de controle da Polícia dependem da vontade de investigar a si mesma. Há um óbvio conflito de interesse óbvio", denuncia Vivanco.
Já o diretor-executivo da HRW, Kenneth Roth, disse que o Brasil está atrás de outros países latino-americanos na investigação dos crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985).
Os assassinatos cometidos nessa época "não podem simplesmente ser deixados de lado", disse Roth, que pediu que seja permitida a investigação por parte da comissão da verdade que foi proposta pelo Governo federal em seu Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3) e criticada pelos militares.
Roth também falou do México, país no qual, em uma situação análoga à da Polícia no Brasil, o Exército tem um histórico "horrendo" de não investigar crimes cometidos por seus membros destacados para combater os cartéis do narcotráfico.
"Não é uma surpresa, portanto, que a violência e o abuso por parte do Exército tenham disparado. A população local não cooperará com uma força que está fora de controle e é abusiva", disse o diretor-executivo da HRW.
O número de denúncias contra as Forças Armadas apresentadas na Comissão Nacional de Direitos Humanos do México se multiplicou por seis entre 2006 e 2008, e chegou a 559 nos primeiros seis meses de 2009, segundo o relatório.
"No México, os militares ainda não prestam conta de suas ações. Não fica claro o grau de subordinação dos militares ao poder civil, especialmente sobre a prestação de contas sobre abusos", disse Vivanco. EFE
As denúncias de abusos dispararam, mas não há investigações reais para encontrar os culpados e fazer justiça, diz a HRW, que tem sede em Nova York.
Segundo dados oficiais reunidos pela organização, nos primeiros seis meses do ano passado, policiais foram responsáveis por 561 homicídios apenas no estado do Rio de Janeiro, onde o problema é mais grave.
"Os mecanismos de controle da Polícia dependem da vontade de investigar a si mesma. Há um óbvio conflito de interesse óbvio", denuncia Vivanco.
Já o diretor-executivo da HRW, Kenneth Roth, disse que o Brasil está atrás de outros países latino-americanos na investigação dos crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985).
Os assassinatos cometidos nessa época "não podem simplesmente ser deixados de lado", disse Roth, que pediu que seja permitida a investigação por parte da comissão da verdade que foi proposta pelo Governo federal em seu Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3) e criticada pelos militares.
Roth também falou do México, país no qual, em uma situação análoga à da Polícia no Brasil, o Exército tem um histórico "horrendo" de não investigar crimes cometidos por seus membros destacados para combater os cartéis do narcotráfico.
"Não é uma surpresa, portanto, que a violência e o abuso por parte do Exército tenham disparado. A população local não cooperará com uma força que está fora de controle e é abusiva", disse o diretor-executivo da HRW.
O número de denúncias contra as Forças Armadas apresentadas na Comissão Nacional de Direitos Humanos do México se multiplicou por seis entre 2006 e 2008, e chegou a 559 nos primeiros seis meses de 2009, segundo o relatório.
"No México, os militares ainda não prestam conta de suas ações. Não fica claro o grau de subordinação dos militares ao poder civil, especialmente sobre a prestação de contas sobre abusos", disse Vivanco. EFE
Fonte: G1
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