segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Teste físico será obstáculo para mulher entrar no Bope


Concurso feminino ainda precisa ser aprovado pelo Estado-Maior da PM. Além de prova física, candidatas farão testes psicológico e de habilidade específica.

O maior obstáculo que as mulheres terão para ingressar no Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) será o teste físico. Mais do que passar nas provas de habilidade específica e psicológica, elas terão de mostrar um condicionamento físico excepcional e estarem aptas para o combate. Segundo o comandante do Bope, o tenente-coronel Pinheiro Neto, os professores de Educação Física da unidade estão preparando um programa específico para avaliar o esforço feminino, no concurso. E as candidatas a uma das possíveis 30 vagas do curso de ações táticas já poderão a começar a aprimorar seu condicionamento a partir da próxima semana.


“O Bope vai lançar em seu site, um programa de condicionamento físico. Trata-se um programa de utilidade pública voltado para a comunidade, aberto a qualquer pessoa que queira estar em plena forma. As futuras candidatas já poderão começar a treinar por ali, pois elas terão de se apresentar em excelentes condições. O concurso será uma competição que vai exigir que elas estejam acima da média”, informou o comandante.

Inspiração no Exército israelense

Que ninguém se iluda: os testes para o ingresso de mulheres na tropa de elite da Polícia Militar fluminense serão rigorosos. Segundo Pinheiro Neto, ele é baseado no trabalho de preparação de soldados que o Exército israelense realiza há cerca de 60 anos, em áreas de conflito como a Faixa de Gaza. “Eles têm um trabalho muito bom com mulheres atuando em operações táticas, no resgate de reféns, como negociadoras e também no combate em campo. As mulheres têm uma incrível capacidade técnica, administrativa e operacional. Só precisamos que elas se adeqüem à nossa linguagem”, disse o tenente-coronel. O projeto para o ingresso de mulheres no Bope ainda precisa ser aprovado pelo Estado Maior da PM. Mas as candidatas ao curso de ações táticas – que prepara os policiais para o combate – já estão de prontidão. De acordo com o comandante, é significativo o número de e-mails de mulheres interessadas. “Estamos recebendo muitas mensagens. Há inclusive uma capitã que nos procurou para começar a treinar. As mulheres demonstram interesse e o Bope está animado com a perspectiva de ter mulheres no efetivo, que gira em torno de 400 policiais”, disse animado o oficial, que aguarda a aprovação do projeto para início de 2008. Se aceito, o concurso será realizado em meados do segundo semestre do ano que vem. O curso de ações táticas tem duração de cinco semanas. Entre as provas, as candidatas terão de subir numa corda vertical, transportar carga, fazer marcha acelerada com o todo o equipamento de segurança – armas, colete e munição - além de flexões, abdominais e corridas, entre outros testes de habilidade específica e psicológico.
Bope tem uma mulher

Única presença feminina do Bope há sete anos, a sargento Ana, que trabalha à paisana, na área administrativa do quartel, não pretende se inscrever para o concurso. Mas espera ter em breve companhia feminina no trabalho. Com 11 anos de Polícia Militar e 40 anos de idade, ela conta não ter mais condições físicas de combater nas ruas. “Quando entrei para a PM, ingressei no Batalhão de Choque. Durante cinco anos, trabalhei no combate, nas ruas. Mas sofri uma fratura na perna, que calcificou de forma errada e tive de passar para o setor de administrativo. Até hoje sinto dores quando fico muito tempo de pé. Vai ser bom ter outras mulheres por aqui”, disse a sargento.
Fonte: G1

2 comentários:

Anônimo disse...

POR FAVOR NAO COLOQUE LIMITE DE IDADE,, EU TENHO 40 ANOS E SOU CAPAS DE PASSAR NA PROVA DE ESFORÇO FÍSICO...

Anônimo disse...

POR FAVOR NAO COLOQUE LIMITE DE IDADE NO CONCURSO DO BOPE, POIS TENHO 40 ANOS E SOU CAPAZ DE PASSAR NO ESFORÇO FÍSICO..