sábado, 5 de dezembro de 2009

Elenco de 'Tropa de elite 2' começa treinamento policial na segunda

A partir da manhã da próxima segunda-feira (7), Wagner Moura, André Ramiro e outros atores de "Tropa de elite 2" terão uma missão a ser cumprida: começa o treinamento policial para as filmagens da sequência, que tem início previsto para o final de janeiro.
"O diretor José Padilha quer o máximo de realismo possível", conta o instrutor Marcos do Val, membro da Swat e presidente do Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (Cati), que já capacitou mais de 45 mil policiais para operações de alto risco no Brasil e nos EUA. "O objetivo é transformar os atores em policiais, com técnica perfeita", afirma Do Val, que vai coordenar as aulas, no Rio.

Intensidade

O treinamento inclui técnicas de uso de armas, movimentação, condicionamento físico e estratégias de ação em áreas de risco. "O nível de intensidade das atividades vai depender do que a produção definir, estamos preparados para tudo", diz o instrutor, que acrescenta que o treinamento será mais pesado para aqueles atores que não participaram do primeiro filme. "Esses terão um intensivão. Os outros podem ter só uma revisão, mas isso se lembrarem bem das técnicas. Vamos ter que sentir o nível de instrução."
O instrutor conta que cerca de 15 atores vão participar dessa primeira etapa de treinamento, que deve durar uma semana. Uma segunda parte das aulas está agendada para meados de janeiro, misturando membros do elenco a policiais de verdade, que vão atuar como figurantes em "Tropa 2".

Policiais da vida real

Paralelamente ao treinamento de atores, Marcos do Val trabalha no recrutamento de policiais da vida real para ocupar uma das 50 vagas de figurante do longa-metragem. Segundo o instrutor, os figurantes vão participar de uma cena de grande porte, que "vai mostrar uma megaoperação do Bope [Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio], com uma quantidade grande de policiais em ação". "Vai ser muito impactante, certamente vai superar o primeiro filme", diz Do Val, que teve acesso ao roteiro de "Tropa 2". A trama da continuação ainda é mantida em segredo.
Até a tarde desta sexta (4), cerca de 300 policiais já tinham se candidatado a uma das 50 vagas de figurante do filme. "A procura é muito grande, porque aparecer nesse no 'Tropa' é mais do que uma grande oportunidade para esses policiais, é uma honra", diz.

Rio: bandidos de favelas ocupadas pela PM fogem para o Alemão

Apontado por algumas autoridades de segurança do Rio de Janeiro como principal base da maior facção criminosa do Estado, o Complexo do Alemão, em Ramos, zona norte da capital, está servindo de abrigo para traficantes que fogem das favelas ocupadas pela Polícia Militar para instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
A presença de novos criminosos chama a atenção de moradores da região. "Passei na praça que fica na entrada da favela Nova Brasília nesta sexta-feira e vi vários bandidos que nunca estiveram por aqui", afirmou um morador, que optou por não se identificar.
Atualmente, cerca de 150 mil pessoas vivem nas 12 favelas que formam o Complexo do Alemão. O Complexo da Penha, na zona norte, onde fica o morro da Chatuba, também está recebendo bandidos da facção que deixaram as favelas da zona sul.
"No domingo, havia uns 120 traficantes armados reunidos. Se a polícia invadir vai ser uma guerra muito feia", disse um homem que faz parte de um projeto social em uma das favelas do complexo.
De acordo com setor de inteligência da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), os traficantes Luciano Pezão e Fabiano Atanázio chefiam o tráfico nos dois complexos de favelas. Dentro do Alemão podem existir até 2 mil fuzis em poder dos criminosos.
A última operação da Polícia por lá ocorreu no dia 17 de setembro do ano passado e visava localizar os restos mortais do então chefe do tráfico da região. Quatro pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.
Em 2008, o governo federal deu início às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Complexo do Alemão. Operações policiais no local acarretariam na paralisação das atividades, o que pode justificar a falta de ações na região.
"Você imagina o poderio bélico desses criminosos sem qualquer repressão todo esse tempo. Nem armas, nem munições são retiradas do Complexo do Alemão há 15 meses", afirmou a deputada federal Marina Magessi, que também é presidente da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados. "Eles só acumulam armamentos."
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que é preciso agir com responsabilidade social num conjunto de favelas com as dimensões e as complexidades do Alemão.
"As pessoas que criticam a ausência das operações policiais naquela localidade são as mesmas que vão fazer um grande alarde se a gente for lá e três ou quatro pessoas inocentes forem baleadas", disse.
Beltrame também afirmou que uma concentração de traficantes naquelas favelas não significa mais poderio para a facção criminosa. "O fato de eles estarem ilhados não representa poder para os traficantes do Complexo do Alemão. Além disso, eles são monitorados pela nossa inteligência", disse.
O secretário de Segurança defende que o enfraquecimento dos criminosos aconteça na parte financeira. "Estamos minando essa facção criminosa, tirando dela o lucro com a venda de drogas e apreendendo armas e muita munição. Fazendo um balanço superficial, acredito que eles estão deixando de obter um lucro mensal de R$ 1 milhão com as pacificações feitas na zona sul", disse. "Mesmo assim, eu reconheço que o Complexo do Alemão é um lugar importante para esses bandidos, mas é alimentado por outras favelas que estão sendo sufocadas por nós."



Fonte: Jornal do Brasil







Exército localiza fuzil furtado de quartel no Rio

Um fuzil calibre 7.62, que havia sido furtado há pelo menos dois dias da reserva de armamento do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, foi encontrado na noite dessa sexta-feira. Depois de descobrir o caso na tarde de quinta-feira, militares fizeram rondas nos arredores dos morros da Pedreira e da Lagartixa, em Costa Barros. Mas a arma acabou devolvida após negociação com o Setor de Inteligência do Exército.
O fuzil foi levado do quartel por um homem que se identificou como militar. Há suspeitas de que ele já tenha servido na unidade e agora teria ligação com traficantes das comunidades.
Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para apurar a conivência de algum integrante da unidade no desvio. Parte dos 700 homens que compõem a tropa do batalhão chegou a ficar detida para depor no IPM.
No sábado, um outro fuzil havia sumido, também de um quartel de paraquedistas, depois de um soldado ser agredido. A arma ¿ que seria levada para o Jacarezinho - acabou encontrada horas mais tarde dentro do próprio batalhão.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PMERJ e PMMG unidas contra o crime
























Visando a Integração dos Aparatos Policiais Militares do Estado de Minas Gerais e do Rio de Janeiro foram deflagradas pelo BPRv e pela Policia Rodoviária do Estado mineiro a partir do dia 03 de Dezembro do corrente, operações conjuntas com intuito de coibir e reprimir ilícitos penais, como o Tráfico de Drogas e Roubo de Carga nas regiões de Fronteira e também evitar que veículos em situação irregular trafeguem na via. A iniciativa surgiu em um seminário realizado nos dias 01 e 02 de outubro de 2009, na cidade de JUIZ DE FORA. O evento contou com a presença dos Comandantes das Polícias Militares Fluminense e Mineira respectivamente, Coronel Mário Sérgio de Brito Duarte e Coronel Renato Vieira Souza, sendo aquele acompanhado do Coronel Aristeu Leonardo Tavares, Comandante do Batalhão de Polícia Rodoviário.

As operações acontecerão no mês de Dezembro, adentrando também o ano de 2010.
Essas sempre contarão com policiais e viaturas dos dois entes da Federação.



Fonte: PMERJ

Polícia Civil do DF entra em greve














A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) iniciou greve na manhã desta sexta-feira (4/12). De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), somente flagrantes de crimes e ocorrências graves serão registrados enquanto os agentes permanecerem em paralisação. A principal reivindicação é o encaminhamento do pedido de reestruturação da carreira dos policiais civis ao Poder Executivo federal.

Entre os pedidos, está a mudança no prazo de ascensão da carreira. Atualmente, a ascensão funcional ocorre quando o agente tem dez anos de serviço na corporação. Atingido esse tempo, se não houver punições administrativas, os policiais da base da carreira passam à classe especial.

Os agentes propõem uma ascensão anual, com distribuição de gratificações e reajustes salariais de acordo com o tempo de serviço. A classe especial, segundo a proposta, seria atingida apenas aos 13 anos de carreira. “O prazo é um pouco maior, mas, em contrapartida, haveria uma distribuição mais justa”, diz Luciano Marinho, diretor de Comunicação do Sinpol.

Segundo Marinho, o pedido de reestruturação da carreira já poderia ter sido enviado no primeiro semestre deste ano. “Estamos tentando isso já há algum tempo. A única solução foi mesmo a paralisação”, diz. A greve deve continuar pelo menos até a próxima semana.

Os policiais também pedem reajuste salarial. “Quando se fala em reestruturação, não se pode deixar de falar em valorização”, argumenta Marinho. O salário inicial dos policiais civis é de R$ 7.514,37.

Cartilha

Na página virtual do Sinpol há uma cartilha a ser seguida pelos agentes que aderiram à greve. Segundo o comunicado, serão registradas ocorrências e flagrantes de crimes graves e não haverá suspensão no recolhimento de cadáveres em casas e vias públicas. As perícias também devem ser feitas somente nesses casos.

A delegacia virtual, onde podem ser registradas ocorrências como acidentes de trânsito, não funcionará. Está suspensa a emissão de carteiras de identidade, tanto nas delegacias quanto nos postos de atendimento do Na Hora.

Ainda de acordo com a cartilha, serão encaminhados somente inquéritos em que o réu esteja preso e não haverá continuidade nas investigações já iniciadas. A parte administrativa da polícia também não funcionará.

O Centro de Atendimento e Despacho (Ciade) só atenderá ao rádio em caso de flagrante e os atendimentos solicitados por delegacias deverá ser feito por telefone. Também não haverá atendimento no Sinpol.

Delegados

O Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo) apoia a paralisação e também está em indicativo de greve. Na próxima segunda-feira (7/12) o sindicato realiza assembleia às 19h para decidir sobre uma possível paralisação.

Entre as reivindicações está a gratificação por representatividade, no caso de delegados que respondem por mais de uma delegacia, e um tempo inferior a 15 anos para chegar ao final da carreira.


Fonte: Correio Braziliense

Vigilantes cuidam de Delegacias Policiais em Canoas



Reestruturação do policiamento retirou plantonistas das delegacias à noite.
A segurança das delegacias da Polícia Civil (DPs) de Canoas, durante a noite, está a cargo de vigilantes particulares. A medida, que começou a valer no final de semana, faz parte da reestruturação do policiamento da cidade, cujo marco foi a inauguração das instalações da Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA), no dia 1º.Não haverá mais o tradicional plantonista. Quando terminar o expediente diurno, as distritais ficarão fechadas. As ocorrências noturnas serão centralizadas na DPPA. E a vigilância dos prédios, tradicionalmente vistos pela população como uma referência de segurança, estará sob a responsabilidade da Guarda Municipal. A prefeitura de Canoas contratou uma empresa de segurança terceirizada, em que vigilantes podem andar armados.– O mesmo cuidado da Guarda Municipal nos prédios do município se estende às delegacias à noite – disse o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Edílson Chagas Paim.De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, Eduardo Pazinato, a integração das forças policiais (Polícia Civil, Brigada Militar e Guarda Municipal) está prevista pelo Ministério da Justiça no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).– A pedido do delegado Paim, fomos procurados para auxiliar no zelo ao patrimônio público no turno da noite, em função dessa reorganização – esclareceu o secretário.O subchefe de polícia, delegado Álvaro Steigleder, disse que a centralização dos trabalhos na DPPA, à noite, foi uma decisão da DPRM.– Não teria como falar se isso é uma tendência. Foi uma medida interna da regional – afirmou.Indagado se a decisão não causará uma sensação de insegurança, Álvaro respondeu:– A Polícia Civil apura os fatos, não tem como prevenir. Quem faz isso é a Brigada Militar.Na primeira noite do novo esquema, na madrugada de segunda-feira, o vigilante da 2ª DP teve de agir. Ele acompanhou o plantonista, que ainda prestava serviço, quando um homem ferido invadiu o pátio da distrital. O segurança chegou a apontar a arma para o suspeito, antes de notar que ele pedia socorro. O homem acabou morrendo no local.
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Prefeitura contratou empresa terceirizada de segurança para guarnecer as distritais do município.
Fonte: Jornal Zero Hora

Pernambuco - MP de PE recomenda suspensão de concurso para 2,1 mil vagas na PM


Prazo de suspensão é de 90 dias para apurar possíveis fraudes.O concurso recebeu 103.010 inscrições.
O Ministério Público de Pernambuco recomendou que os secretários estaduais de Administração e de Defesa Social do estado suspendam imediatamente e pelo prazo de 90 dias todos os trâmites relacionados ao concurso da Polícia Militar para 2,1 mil vagas de soldado. O concurso recebeu 103.010 inscrições e a prova foi realizada no dia 22 de novembro. De acordo com o MP-PE, o prazo é necessário para que sejam concluídas as investigações iniciadas pela Polícia Civil e pelo próprio MP-PE a respeito das tentativas de fraude e outras possíveis irregularidades ocorridas no dia da prova. O documento é assinado pelo promotor de Justiça Eduardo Cajueiro. Entre as denúncias dos candidatos estão vazamento e venda de gabarito, uso de celular e aparelho de escuta no ouvido durante a prova, consulta de material nos banheiros e fiscais que não acompanharam os candidatos aos sanitários. “A recomendação não tem caráter vinculativo, as secretarias não estão obrigadas a acatar. No entanto, é uma medida de precaução, já que as investigações estão em andamento”, afirma o promotor.

Dentro desses 90 dias, ele pretende aprofundar a análise de todas as informações relacionadas às possíveis irregularidades ocorridas durante a prova para, ao final da investigação, decidir se será ou não necessário anular a prova objetiva para garantir a legalidade do concurso. As secretarias estaduais de Administração e Defesa Social têm cinco dias para informar ao MP-PE se vão acatar os termos da recomendação. Se o fizerem, devem também informar essa medida aos candidatos através do site do concurso e outros meios de comunicação.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou que está colaborando com as investigações e determinou que a Delegacia de Crimes contra a Administração Pública apure as denúncias.
Fonte: G1

PMERJ - Policiamento com motocicletas



Em breve a população de Botafogo, Flamengo, Humaitá, Catete, Glória, Urca,Largo do Machado e Laranjeiras, todos os bairros da área do 2º Batalhão daPolícia Militar (Botafogo), vão receber patrulhamento motorizado.
O projeto foi idealizado visando combater o número de assaltos a motoristase pedestres naquela região, e deve estar em funcionamento em pelo menos 30 dias.O Tenente Coronel Roberto Gil, comandante do Batalhão de Botafogo, diz queo projeto tem como meta atender a qualquer chamado de emergência em até10 minutos. Policiais militares andarão em duplas usando motocicletas,entre 10h e 23h, todos os dias.O novo modelo de policiamento vai tentar driblar o trânsito da região, quedificulta a ação dos policiais, principalmente na Praia de Botafogo, naRua São Clemente e no Cosme Velho.O Comandante do Batalhão solicita que as vítimas ou mesmo pessoas quedesconfiem da ação de meliantes na região liguem diretamente para a Salade Operações do 2º BPM, que funciona 24 horas. Os telefones são 2332-1518/2332-1522.
Fonte: PMERJ

A MULHER QUE EXISTE POR TRÁS DA FARDA

O ano de 1981 foi um marco histórico para Polícia Militar de Minas Gerais, a instituição abriu suas portas para receberem as mulheres. Desde então o corpo feminino de policiais militares e bombeiros fazem a diferença no dia a dia da organização. Atualmente, já são cerca de 3.000 policiais femininos, de Soldado a Coronel, a Polícia Militar possui cargos que são chefiados por mulheres, inclusive no alto-comando da PMMG. No início as policiais militares trabalhavam apenas no âmbito administrativo, agora, atuam em todas as áreas, médicas, dentistas, enfermeiras, segurança pública, motoristas, bombeiras, socorristas, etc. A presença feminina era vista como uma aberração para alguns ou como objeto de decoração para outros. Hoje, as mulheres têm presença consolidada e eficiente no funcionamento das corporações bombeiro - policiais militares.
Em seu dia a dia a policial feminina sofre os mesmos anseios que fazem parte do universo feminino. Debaixo da farda, de toda disciplina, existe uma mulher que se preocupa com a aparência, que ama, sofre, chora, sonha e se diverte. A sociedade olha para esta profissional e acredita que está frente a frente com a mulher maravilha, mas, super heróis não existem. É o que nos diz a Tenente Farmacêutica Chefe do Laboratório da Patologia Clínica da Polícia Militar, Mª Alzira Moss, para ela ser policial militar não diferente de outras profissões, porque profissionalismo, ética e compromisso fazem parte de todas as profissões. A também policial Luciléia de Oliveira, 2º Sargento fala das dificuldades que enfrenta ao conciliar o trabalho e seu papel de mãe de uma garotinha de dois anos. Perguntada o que a motiva, responde com brilho nos olhos “o amor, pela minha filha e pela minha profissão”. A 1º Sargento Rita de Cássia brevemente irá se aposentar, fala das alegrias e dificuldades que enfrentou nestes quase 30 anos de serviço. No entanto, está saindo com a sensação de dever cumprido.
Os dois últimos séculos foram de grandes avanços para a mulher, não está muito longe o tempo em que não podíamos votar escolher nossos maridos, exercer uma profissão mesmo decidir sobre o nosso corpo. Ainda existe muito a ser conquistado, o caminho ainda é muito duro para muitas mulheres em outros países, onde não existe nenhuma liberdade e a mulher vale menos que um cabrito. Infelizmente, mesmo no Brasil, milhares de mulheres são violadas em casa, no trabalho, na rua, estão tão cativas que não têm mais forças para lutar. Afinal precisamos acreditar que o nosso dia não se resume no dia 8 de março, nosso dia são todos os dias do resto de nossas vidas.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

RJ: ex-prefeito de NY prestará assessoria em segurança

O Governo do Rio de Janeiro vai contratar o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani para prestar consultoria em segurança pública, com foco nos Jogos Mundiais Militares de 2011, na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, durante encontro entre o ex-prefeito e o governador Sérgio Cabral (PMDB).

Giuliani foi responsável pela implantação da política de "tolerância zero" em Nova York, entre 1994 e 2002. O ex-prefeito aplicou a teoria da "janela quebrada". Segundo ela, se uma janela quebrada não for consertada, a tendência é a depredação das outras. Com isso, todos os delitos, independentemente da gravidade, passaram a ser reprimidos na cidade, o que levou a uma expressiva redução nos índices de criminalidade.

Em parceria com um grupo do governo do Estado, a equipe de Giuliani vai, durante um mês, estudar a realidade do Rio e preparar uma proposta ao governo fluminense.

"Nós já o temos como referência. Muito do nosso trabalho nas Regiões Integradas de Segurança Pública foram baseados no modelo que Giuliani criou para Nova York e que se mantém até hoje", disse Cabral.

Durante visita ao Rio, Giuliani discursou para guardas municipais e disse que o Rio poderá se tornar uma das cidades mais seguras do mundo. Ao lado do prefeito Eduardo Paes, Giuliani elogiou as políticas de segurança pública de resgate das comunidades sob influência do tráfico e enfatizou ser necessário levar para esses locais escolas, serviços sociais e atividades para as crianças.

"Você tem que ter atenção nas grandes e nas pequenas coisas. E também tem que tornar a comunidade mais segura, mais limpa, mais saudável, além de educar as crianças", disse Giuliani, após visitar uma escola municipal no Complexo do Alemão.

O ex-prefeito não quis comentar sobre o seu futuro político e se mostrou otimista com o rumo das políticas públicas no Rio. "Acho que estão progredindo. É uma longa estrada, que leva um longo tempo. Isso me tomou seis ou sete anos para realmente mudar a cidade de Nova York. Não foi feito em um dia, um ano ou dois anos."

Sobre a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016, Giuliani afirmou ter ficado desapontado pela derrota dos EUA, mas se disse feliz pela escolha do Brasil. "Isso dará a vocês um grande objetivo, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, para seguir. E trará muitos recursos para a cidade."

Fonte: Portal Terra

Polícia descobre túnel subterrâneo na direção de um banco em Santos




Fonte: Globo.com

Polícia do Rio apreende fuzil em mochila de adolescente

A Polícia Militar acusa traficantes dos morros do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio, de usar crianças e idosos para retirar em mochilas e sacolas as armas do conjunto de favelas ocupado pelo Batalhão de Operações Especiais, o Bope. Hoje pela manhã, a PM apreendeu uma menor de 15 anos uniformizada e com um fuzil dentro da mochila. Aos policiais, ela disse que levava a arma escondida na mochila a pedido de Marcus Vinícius Luiz, de 22 anos. Ele a acompanhava e também foi preso. O acusado possui passagem por furto de uma moto e tráfico de entorpecentes.
A adolescente disse que parou de estudar, era usuária de maconha e frequentava o baile no Morro da Chatuba, no Complexo da Alemão, na zona norte do Rio, para onde o fuzil seria levado. Ela afirmou que estava uniformizada para usar gratuitamente o ônibus.
A menina ficou nervosa e chorou ao ser abordada por policiais. Ao abrir a mochila dela, um soldado encontrou um fuzil 5.56 camuflado. Além de usar menores e idosos, policiais do Bope afirmam que traficantes tentam sair com as armas desmontadas da favela.
O principal destino do armamento e dos criminosos seriam as favelas do Complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro, na Penha, dominadas pelo Comando Vermelho, que liderava o tráfico nas favelas ocupadas na zona sul. A previsão da PM é inaugurar a Unidade de Polícia Pacificadora no Cantagalo e Pavão-Pavãozinho ainda este mês.
Hoje não foi registrado nenhum ataque de traficantes no asfalto. Na terça-feira, um ônibus foi incendiado e no dia seguinte uma bomba artesanal foi jogada contra um coletivo.
À tarde, policiais do Bope encontraram em um esconderijo na mata que divide as comunidades seis granadas, duas submetralhadoras, uma pistola 9mm e carregadores de vários calibres. Duas centrais clandestinas de TV a cabo foram desativadas, uma delas funcionando na associações de moradores do local. Desde o início da operação, na segunda-feira, já foram 14 granadas e 10 armas apreendidas, entre submetralhadoras, pistolas e carabinas.
Diante das denúncias de assédio moral, pressões e perseguições diversas sofridas pelos agentes penitenciários, apresentadas por escrito pelo sindicato da categoria, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai encaminhar vários pedidos de apuração à Corregedoria da Secretaria de Estado de Defesa Social. Além disso, vai propor que o bloco PT/PMDB/PCdoB faça uma obstrução completa dos trabalhos na ALMG até que seja resolvido o problema. As decisões foram tomadas na audiência pública realizada nesta quinta-feira (3/12/09) a pedido dos deputados Weliton Prado (PT) e Carlin Moura (PCdoB).
As principais denúncias feitas pelos sindicatos e também pelos próprios agentes que lotaram o Auditório referem-se a horários de trabalho, desvio de função, suspensão do pagamento dos grevistas, pressões para abandonar o movimento e cessar os contatos com a entidade representativa desses trabalhadores, ameaça de não renovação dos contratados e de punições para os efetivos, no momento da avaliação de desempenho.
Os 592 agentes de segurança penitenciários e socioeducativos foram demitidos sumariamente e os concursados foram afastados após uma greve em outubro. Depois disso eles promoveram diversas manifestações, como vigílias, acampamento na porta da Assembleia e até greve de fome. Depois de gestões que envolveram diversos deputados, a Secretaria de Estado de Defesa Social anunciou a recontratação deles, mas o acordo não está sendo cumprido, segundo Weliton Prado e Durval Ângelo (PT). O acordo feito entre os deputados e a Secretaria foi de que seriam feitos novos contratos, com validade de até três anos, conforme disposto na Lei 18.185, de 2009.
O movimento dos agentes teve como reivindicações a volta do auxílio alimentação, o fim do assédio moral, melhorias nas condições de trabalho, a efetivação dos servidores contratados e equiparação de salário com a Polícia Civil.

Clique aqui e veja matéria completa.




Fonte: ALMG

Operação da PF prende onze policiais em Minas Gerais

Quinze pessoas foram presas durante uma operação de combate à exploração de máquinas caça-níqueis, realizada nesta quinta-feira pela Polícia Federal. Entre os presos, estão nove policiais civis e dois militares.
De acordo com a polícia era a maior organização criminosa atuante no estado na exploração de máquinas caça-níqueis. A operação foi realizada em Belo Horizonte e Santa Luzia. Os policiais presos envolvidos no esquema são suspeitos de fazer a segurança do grupo responsável pelo contrabando. O material apreendido vai ser encaminhado para a perícia. De acordo com a PM, caso seja comprovada a participação dos militares no crime, eles vão ser expulsos da corporação. Segundo a Polícia Federal, as corregedorias das polícias civil e militar colaboraram com a operação.
Clique aqui e veja reportagem da operação.

Jovem de 15 anos e com uniforme escolar é detida com fuzil em Copacabana

Ela estava num ponto de ônibus e teria sido obrigada a carregar a arma.
Além dela, dois homens foram presos perto de acesso à favela.

Uma menor de 15 anos, vestida com uniforme escolar, foi detida na manhã desta quinta-feira (3) com um fuzil 556 carregado com 19 munições na Rua Sá Ferreira, próximo ao acesso à Favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Além dela, dois homens foram presos. Eles são suspeitos de terem obrigado a menor a carregar o fuzil.
Os três estavam num ponto de ônibus na Rua Sá Ferreira próximo ao acesso à favela do Pavão-Pavãozinho. Policiais desconfiaram da movimentação e passaram a observar o grupo. Na 13ª DP (Ipanema), a jovem contou que foi obrigada a segurar a arma em uma sacola enquanto os dois aguardavam a chegada de um ônibus. O objetivo era não chamar atenção da polícia que cerca a região desde segunda-feira.
Policiais do 19º BPM (Copacabana) desconfiaram da ação e abordaram os três. A jovem disse ainda que a arma seria levada para o Morro da Chatuba, na Penha, subúrbio.
"Desconfiei de um dos sujeitos porque ele falava palavras ao vento, não olhava para ninguém, e a menor aparentava nervosismo. Além disso, isso era por volta das 10h30 achei estranho ela nao estar na escola. Ela disse que a bolsa não era dela, que iria levá-la para uma amiga numa praça perto dali. Pedi para acompanhá-la e quando a gente se distanciou dos caras no ponto ela ficou mais nervosa. Aí ela falou que não queria ir presa. Pedi pra ela abrir a bolsa e ela contou que foi coagida a segurar o fuzil", contou o cabo Renato Vidal, responsável pela prisão.
Para o comandante do 19º BPM, tenente-coronel Rogério Seabra, é cada vez mais comum traficantes usarem pessoas de bem para desviar a atenção da polícia.
"Eles não hesitam em utilizar a população de bem. Um dos deveres da polícia é observar a movimentação da população e trazer sensação de segurança para a comunidade. A abordagem dos policiais foi correta".
Segundo a delegada Monique Vidal, o caso ainda está sendo investigado. Ela não confirma que a adolescente foi coagida. "Um dos presos que estava junto com ela disse que ela tem um namorado na Chatuba".
A jovem será levada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A movimentação na manhã desta quinta-feira é tranquila perto do Pavão-Pavãozinho. A polícia segue ocupando a região.

Fonte: G1

Senado aprova projeto que facilita repressão ao crime organizado

O Plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (2), o substitutivo do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao projeto da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que trata da repressão ao crime organizado (PLS 150/06). A matéria seguiu para a Câmara dos Deputados. O texto confirma a possibilidade de os membros do Ministério Público (MP) participarem da investigação criminal, mas apenas na fase de informações complementares necessárias à fundamentação da denúncia que será apresentada à Justiça.

Integrantes da Polícia Federal argumentavam que a competência da investigação seria exclusiva dos delegados. Essa divergência levou o senador Romeu Tuma (PTB-SP) a apresentar um recurso apresentado em Plenário, em março desse ano, quando o projeto já estava na ordem do dia. Coube ao relator do projeto, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), negociar uma solução de consenso entre as duas instituições.

- O Ministério Público está de acordo com o texto que nós fizemos, e a polícia também, porque os dois órgãos têm que trabalhar de forma complementar, e não um contra o outro, gerando conflito desnecessário e indevido, no esforço que o Brasil deve fazer contra o crime - disse Mercadante, depois da votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

O projeto define organização criminosa como a associação, de três ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza por meio da prática de crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a quatro anos ou que sejam de caráter transnacional. A lei se aplica também aos crimes previstos em tratados ou convenção internacional.

Punições

As punições previstas vão de prisão a multa. Quem participar de organização criminosa poderá ser punido com prisão de três a 10 anos e multa, sem prejuízo das penas correspondentes aos demais crimes praticados. A mesma pena se aplica a a quem fraudar concursos públicos e licitações; intimidar testemunhas ou funcionários públicos que apuram as atividades da organização; impedir ou criar dificuldades à investigação; financiar campanhas políticas para eleger candidatos com o objetivo de garantir ou facilitar as ações de organizações; manter armas e munição ilegais.

O projeto também consolida a figura jurídica da "colaboração premiada" e o uso de agente infiltrado. Permite, ainda, ao delegado de polícia e ao Ministério Público, requisitar dados cadastrais, registros, documentos e informações fiscais, bancárias, financeiras, telefônicas, de provedores de internet, eleitorais ou comercias, ressalvados os protegidos por sigilo constitucional. Os provedores de internet serão obrigados a manter, por no mínimo seis meses, à disposição das autoridades, os dados de endereçamento eletrônico da origem, data e referência GMT da conexão efetuada. Esse prazo poderá ser prorrogado por determinação judicial.

Aprovada PEC que prevê piso salarial para policiais civis e militares

Com tramitação acelerada e votação em dois turnos, o Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a proposta de emenda à Constituição (PEC) 41/08, que determina a edição de lei para fixar piso salarial dos policiais civis e militares, incluindo bombeiros militares. O texto, que segue à Câmara dos Deputados, teve em primeiro turno 62 votos a favor, com 55 votos favoráveis às emendas, e em segundo turno 55 votos a favor da proposta com as emendas e 56 a favor de emenda apresentada em Plenário. A emenda de Plenário deixou claro que o piso se aplica a policiais e bombeiros da ativa ou aposentados.

A proposta também estabelece que a União participe no custeio de parte da implantação desse valor, por meio de fundo próprio, formado com receitas tributárias e federais. Em razão de acordo de líderes partidários, a PEC foi votada em um só dia, como tem sido costume no Senado, com a quebra dos interstícios constitucionais que estipulam cinco sessões de discussão em primeiro turno e outras três em segundo turno.

A proposta, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fora anteriormente aprovada com duas emendas, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A emenda apresentada pelo relator da matéria e presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), reduziu de dois para um ano o prazo para o início da implementação gradual do piso. Resultou também de emenda do relator o ajuste que permite a inclusão os servidores do Corpo de Bombeiros Militares.

Para antecipar o início da aplicação do piso, Demóstenes propôs que o presidente da República deverá baixar ato dando início à sua implementação gradual dentro de um ano após a promulgação da PEC. Assim, a remuneração mínima começará a ser paga mesmo se ainda não tiver sido aprovada a lei que deve regulamentar em definitivo tanto o piso quanto o funcionamento do fundo, que deve complementar o pagamento nos estados sem meios para arcar com a totalidade da nova despesa.

Segundo Demóstenes, os recursos podem começar a ser transferidos aos estados por meio do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), dentro das prioridades estabelecidas pelo Executivo. Ele disse que fez consultas ao Ministério da Justiça para elaborar seu relatório, para que o texto final da PEC tenha condições de ser efetivamente implementado pelo Executivo.

Ao defender a PEC, Renan Calheiros afirmou que nenhum outro problema preocupa tanto a população como a segurança pública. Segundo ele, a estrutura do aparelho policial e os salários dos servidores da área precisam condizentes com o desafio representado pelos altos índices de violência, cabendo também ao Congresso tomar providências para o enfrentamento dessa questão. O senador afirmou que a melhoria salarial terá efeito instantâneo na carreira dos trabalhadores em segurança pública e na diminuição das taxas de criminalidade.

Renan argumentou que "os policiais trabalham um dia e folgam dois, mas como não ganham o suficiente acabam vendendo esses dias para complementar renda e sustentar suas famílias". Para ele, "isso não pode continuar, e é por isso que esse piso salarial precisa ser especificado por lei".

Demóstenes também ressaltou a necessidade de apoio às atividades dos policiais civis e militares, o que inclui a garantia de bons salários. Segundo ele, um dos graves problemas da segurança pública, além da estrutura policial arcaica, é a remuneração dos policiais. Em seu parecer, salientou que a falta de remuneração adequada leva os policiais a buscar complementação de renda, trabalhando com segurança privada nos horários de folga. "Essa duplicação da jornada compromete a qualidade do trabalho, quando não a necessária isenção no exercício da autoridade", afirmou. Para ele, "a remuneração adequada é condição para atrair e manter na carreira profissionais de qualidade, motivados e comprometidos com a segurança pública e o bem-estar do cidadão".

Discussão

Vários senadores apoiaram a matéria durante sua discussão em Plenário. O senador Mário Couto (PSDB-PA) afirmou ser difícil encontrar alguém que ainda não tenha sido assaltado no estado do Pará. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que sem se resolver a questão salarial não se dará nenhum passo significativo na direção de uma política exitosa de segurança pública no país. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que a proposta trará dignidade aos policiais e suas famílias.

O senador João Tenório (PSDB-AL) lembrou que a PEC não determina qual será o piso salarial, que deverá ser estipulado em lei. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou que a resolução do problema da segurança pública garantirá a saúde e a educação para a população brasileira.

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse que é impossível se cobrar segurança com os salários pagos aos policiais. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou que a PEC corrige uma injustiça perpetrada com os policiais e os bombeiros.

O senador Osmar Dias (PDT-PR) afirmou que a PEC agora precisa ser rapidamente aprovada na Câmara dos Deputados, pois "com segurança não se brinca". A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) disse que a aprovação da PEC é um passo decisivo para se começar a estruturar melhor as polícias e os corpos de bombeiros nos estados.

O senador Romeu Tuma (PTB-SP) afirmou que a PEC valoriza a carreira policial, assim como o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci). O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que a PEC estabelece um piso mínimo para as polícias num país que tem tanta desigualdade entre seus estados.

O senador Efraim Morais (DEM-PB) defendeu urgência na aprovação da proposta. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) enfatizou que a PEC cria uma carreira nacional nas polícias e nos bombeiros militares.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) elogiou o alcance da proposta e sua importância para melhorar o trabalho dos policiais. A senadora Marina Silva (PV-AC) afirmou que a aprovação da PEC é fundamental para melhorar a qualidade da segurança pública.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o Senado marcou uma posição política ao votar a proposta em dois turnos em um só dia. O senador José Nery (PSOL-PA) afirmou que a valorização dos profissionais da segurança pública é parte do compromisso de seu país para a construção de um país melhor.

O senador César Borges (PR-BA) disse que o crime organizado tem de ser derrotado com o estado organizado. O senador José Agripino (DEM-RN) lembrou que o piso para policiais e bombeiros é um salto qualitativo, assim como o piso salarial para o magistério, também aprovado em Emenda Constitucional pelo Congresso Nacional.

O senador Magno Malta (PR-ES) enfatizou a importância da aprovação da PEC para seu estado, assim como o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS). O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) enalteceu os representantes dos policiais presentes à sessão.

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), na presidência da sessão, afirmou que a PEC faz "a valorização devida" aos policiais e bombeiros.


Fonte: Agencia Senado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Policiamento Tático Móvel em BH


O policiamente da unidade Tático Móvel na capital Belo Horizonte no Estado de Minas Gerais tem dado resposta à criminalidade instalada nessa região, pois, com ênfase na repreesão e, secundariamente -a prevenção- o objetivo vem sendo alcançado, a diminuição da criminalidade. O planejamento e execução desse tipo de policiamento voltado para as ZQC's ( Zonas Quentes de Crimilanidades) onde o Estado é "menos"presente e os bandidos aproveitam para atuarem nessa falha. Devido a isso, há necessidade de utilizar um policiamento especialidado dentro dessas comunidades, com o intuito de reprimir crimes e estabilizar uma situação de tranquilidade para a população. Esse grupamento traz uma maior sensação de segurança para as pessoas que ali moram, ou seja, o poder de impacto dessa unidade frente aos infratores é constante e efetivo. As guarnições Táticos Móveis trabalham, normalmente, com três militares capacitados e preparados para atuarem no combate aos crimes mais complexos, como: tráfico ilícito de entorpecentes, homicídio, sequestro, roubo à mão armada,dentre outros. Diante disso, é necessário o empenho por parte do poder público estadual na manutenção de equipamentos para essa unidade, dando condições para exercerem suas atividades com eficiência.

A criminalidade tem sido combatida com punhos - de - ferro por parte da polícia mineira, como um todo e, em especial por esta unidade que tem em sua fundação policiais comprometidos e compromissados com o resultado. Fazendo jus ao juramento que fizeram quando engajaram à corporação - PMMG- combater a criminalidade e defender a sociedade mesmo com a própria vida.

Militares Recebem "Medalha ZUMBI"

Nesta quinta-feira (3), a Câmara Municipal de Uberaba estará homenageando 22 personalidades em reunião solene de entrega da "Medalha Zumbi". O evento acontece às 19h30, no Anfiteatro "Mário Pimenta Camargo", localizado no Centro Administrativo "Ataliba Guaritá Neto", na rua Dom Luiz Maria Santana, 141, bairro Santa Marta. Entre os homenageados destacam-se o 1º Tenente Eurico Camilo Gomes Filho, Regente da Banda de Música do 4º BPM; 1º Sgt Willian Alberto de Souza, também integrante da Banda de Música; e Cabos João Pereira da Silva, Fernando Oliveira e Linaldo Antônio da Cruz. O Comando do 4º Batalhão parabeniza os militares pelo reconhecimento e importante homenagem.

Imagem meramente ilustrativa.

Fonte: Assessoria de Comunicação Organizacional do 4º BPM / Através de E-mail.

Integração das Polícias - Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, defende a integração das polícias

Giuliani defende a integração das polícias, Ex-prefeito de Nova York, famoso pelo programa Tolerância Zero, fez palestra em Florianópolis.

Idealizador do programa de segurança pública Tolerância Zero, o ex-prefeito de Nova York deu um aviso às autoridades brasileiras ontem em Florianópolis:

– O Brasil, que sediará uma Copa do Mundo de futebol e uma Olimpíada nos próximos seis anos, pode ter certeza de que, com a magnitude dos eventos, terá em seu território muitos dos problemas dos países participantes, entre eles o terrorismo. E deve se preparar para enfrentá-los desde já.

Convidado pela ADVB e pelo governo de Santa Catarina, Giuliani palestrou para um público formado principalmente por policiais, no encerramento do Congresso Catarinense de Municípios, no Centro de Convenções CentroSul. Não vendeu fórmulas mirabolantes, apesar de ter reconhecimento internacional com o Tolerância Zero, que reduziu drasticamente a criminalidade em uma das maiores metrópoles do planeta. Mas deixou o seu alerta para a prevenção ao crime.

Giuliani lembrou que a coordenação de todas as forças de segurança é a chave para combater o crime organizado. E explicou que o segredo do seu sucesso é a existência de um departamento único de polícia em Nova York. O ex-prefeito disse que, em um país no qual há Polícia Militar, Polícia Civil e Federal, só a troca de informações constante e ações conjuntas têm imediata repercussão no trabalho nas ruas.

Fonte: Zero Hora

A importância dos helicópteros nas Policias Militares

Acidente entre um motociclista e um caminhão mobiliza helicóptero na BR-101 em SC.
Um acidente envolvendo um motociclista e um caminhão deixou o trânsito bloqueado na BR-101, no sentido Norte-Sul da Grande Florianópolis, por cerca de 20 minutos. O condutor da moto teria se chocado contra o caminhão e batido em uma mureta, sofrendo escoriações. Um helicóptero teve de ser acionado para levá-lo a um hospital da região. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que o trânsito já foi liberado.

Indignação - Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP, após noticiário na TV

Senhora mãe,
Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência. Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família... Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual. Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo....

Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem. Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar "Os meus direitos"!

Fonte: anônimo.

PM/SP - Helicóptero da PM socorre vítimas de acidente


Quatro pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo um caminhão, um micro-ônibus e dois carros, no início da noite desta terça-feira, em uma alça de acesso à rodovia SP-29, próximo à Raposo Tavares, na altura do km 32, região de Cotia (Grande São Paulo).
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, uma das vítimas ficou gravemente ferida e teve de ser socorrida pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar, e encaminhada ao Hospital das Clínicas. Não há informações sobre para onde os outros três feridos foram levados.
O acidente ocorreu por volta das 18h50, mas a polícia informou que ainda não tem detalhes sobre as circunstâncias da colisão. Ainda segundo a polícia, o caminhão transportava pedras, e a carga caiu sobre a pista. A retirada do material da via levou cerca de três horas, informou posteriormente a polícia.
A Polícia Rodoviária Estadual não soube informar quantas pessoas estavam no micro-ônibus, nem nos demais veículos. Além do helicóptero da PM, equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) participaram dos trabalhos de resgate às vítimas.

Fonte: Folha On line

Polícia de SP investiga suspeita de venda de gabarito em concurso para perito

Diretor do IC de SP é suspeito de fraude em concurso de 2005.Candidatos reprovados teriam entrado em lista de aprovados.

A Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo instaurou nesta terça-feira (1) um inquérito para investigar as denúncias de que o diretor do Instituto de Criminalística (IC), Osvaldo Negrini Neto, vendeu gabaritos e incluiu irregularmente reprovados na lista de aprovados do concurso para peritos, realizado em 2005. Neto nega as denúncias.

As denúncias foram feitas por seis integrantes da banca do concurso, segundo reportagem publicada nesta terça pelo jornal "Folha de S.Paulo". O diretor do IC teria vendido o gabarito para candidatos. A banca teria modificado a prova após descobrir a venda. Após a aplicação das provas, Neto é acusado de ter aprovado 202 candidatos que haviam sido reprovados na primeira lista de classificados. Isso porque, após o prazo legal de interposição de recursos, o número de aprovados passou dos 417 iniciais para 619 – candidatos que tinham pontuações inferiores à nota de corte na primeira lista tiveram a nota acrescida em até 18 pontos na segunda, passando a ser considerados aprovados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, em 2005 a Corregedoria já havia recebido uma denúncia de irregularidades no concurso. Na época, uma apuração preliminar foi iniciada, mas arquivada. Os aprovados no concurso já foram nomeados e trabalham no IC. Segundo a pasta, o delegado assistente da Corregedoria, Denis Castro, disse que o inquérito instaurado nesta terça irá apurar tanto as novas denúncias quanto os motivos do arquivamento da investigação de 2005.
‘Gabarito feito um dia antes’
Em entrevista dada ao G1, Negrini Neto negou todas as acusações. Segundo ele, não é possível existir a venda de gabaritos, uma vez que o mesmo foi feito no dia anterior à prova. “Todos os membros da banca sabem disso”, afirmou. Ele presidia a banca do concurso. Neto diz não saber o que motivou as acusações. “Não sei por que fizeram isso. Para que revidar um negócio que aconteceu lá atrás? Para me prejudicar? Tenho 34 anos de serviço e estou para me aposentar. Qual o interesse nisso?”, disse. Neto afirmou que ficou “triste” com a denúncia, que não pretendia terminar a carreira com uma denúncia desse peso sobre ele. Ele contou que deve se aposentar em janeiro de 2010.
Elaboração da prova
Segundo o diretor, todas as questões da prova foram elaboradas pelos membros da banca e entregues a ele com alguns dias de antecedência da aplicação do exame. Cada membro da banca, formada por oito pessoas, fez aproximadamente 40 questões. O diretor disse que recebeu um total de 320 questões sem respostas, que ficaram em seu notebook até um dia antes da aplicação da prova, quando a banca se reuniu e escolheu quais perguntas seriam colocadas no teste. Naquele dia, porém, Neto disse que trouxe questões extras a serem inseridas no exame, o que causou intrigas entre os membros. “Resolvi dar um mexida para aumentar a segurança. Para ninguém falar nada.” Neto disse que, talvez, como modificou algumas questões na elaboração da prova, “alguns interesses podem ter sido contrariados”, o que poderia ter causado as acusações. “Alguma pessoa ficou com aquilo atravessado", disse. O diretor afirmou que aumentou em 202 o número de candidatos aprovados porque, após a interposição dos recursos, muitas perguntas tiveram as respostas modificadas. Dessa forma, segundo ele, respostas que eram tidas como erradas passaram a estar certas, aumentando a pontuação dos candidatos. Neto disse que, em 2005, teve conhecimento de uma denúncia anônima de irregularidade no concurso, mas que nunca foi ouvido pela Corregedoria. Ele afirmou que chegaram a dizer a ele que quebrariam seu sigilo bancário, mas não teve conhecimento se isso aconteceu. Ele estimou que a venda de um gabarito de prova daquele nível poderia custar R$ 80 mil.

Fonte: G1

Minas Gerais - População de Governador Valadares pede redução de homicídios

A prevenção da ocorrência de homicídios, sobretudo entre os jovens, é a principal medida para reduzir a criminalidade no Vale do Rio Doce. A avaliação foi feita pela maioria dos participantes de audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizada em Governador Valadares nesta terça-feira (1o/12/09). A reunião teve como objetivos verificar a situação do Vale do Rio Doce, no que diz respeito à segurança, e avaliar o atual estágio de integração das polícias Militar e Civil na região. Valadares foi o sétimo município visitado pela comissão desde agosto, numa sequência de encontros para ouvir a população de todo o Estado. Nesta quarta-feira (2), os deputados vão a Teófilo Otoni (Vale do Mucuri).

Uma pesquisa coordenada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada na semana passada, revelou que Governador Valadares é a quinta cidade do País em que os jovens são mais vulneráveis ao crime, num total de 266 municípios pesquisados. Para o comandante da 8ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), coronel Cícero Nunes Moreira, estes e outros dados demonstram que há na cidade uma situação especial, que precisa de atenção e medidas especiais. "O problema da violência é cultural e estrutural em Governador Valadares", declarou.

O coronel disse que a ação integrada das polícias Militar e Civil conseguiu conter o aumento dos índices de criminalidade nos últimos três anos. Na opinião dele, no entanto, o combate efetivo à violência depende de mais investimentos em políticas públicas.

A prevenção da criminalidade é o foco do Plano Municipal de Segurança Cidadã, que será lançado na semana que vem pela prefeitura de Governador Valadares. O anúncio foi feito pela prefeita Elisa Costa. "Nossa cidade tem uma cultura da violência, e queremos transformá-la em uma cultura da paz", disse ela sobre as medidas. A prefeita também destacou o investimento em políticas públicas como principal caminho para a prevenção, e reivindicou mais recursos federais e estaduais para a cidade.

Na mesma linha, a presidente da Câmara Municipal de Governador Valadares, vereadora Dilene Dileu, defendeu a inclusão do município no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, que articula políticas de segurança com ações sociais.

Clique Aqui e leia matéria completa.

Fonte: ALMG

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PMMG - Patrulha com Motocicletas, adrenalina sobre duas rodas.

Dentre as várias modalidades de patrulhamento, a patrulha com motocicletas talvez seja a mais emocionante. A destreza necessária para o atendimento de ocorrências em cima de uma moto ascende a adrenalina a cada aceleração do motor.
Ficar sob o sol (apenas os braços e a cabeça se bronzeiam) é apenas um detalhe, que não desmotiva o motociclista. É impossível ficar à sombra com uma motocicleta. O patrulhamento é um lazer, uma necessidade sobre duas rodas.
Cada abordagem a um suspeito é um desafio, pois a atenção deverá sempre estar voltada para a nossa forma de atuação, ou seja, não há espaço para erros. A habilidade é fundamental para quem trabalha com motos. Numa abordagem, a rapidez e o equilíbrio garantem o sucesso da atuação policial.
Logicamente, todo maré-prepe que se preze não resiste a rastrear motoqueiros em atitude suspeita ou autores de crime. O nível de atenção ganha uma cor diferente, que não consta na doutrina de técnica policial; temos que ter atenção de coruja e tirocínio de gavião.
Prender em flagrante delito nos causa uma sensação de caçadores de vampiros; os criminosos são os sanguessugas de nossa sociedade. Eles sugam principalmente a paz. A diferença com os vampiros é que os criminosos atuam também durante o dia.
Devido à rapidez da motocicleta, muitos criminosos a utilizam em suas ações delituosas. É mais fácil evadir ou se esconder da polícia com uma moto. Por isso, a maré-prepe é tão importante quanto a viatura, talvez até mais eficiente na captura de criminosos que atuam sobre duas rodas.
Desejos a todos os maré-prepes muito filtro solar e cuidado nos cruzamentos e nas retas. Enfim, acelerem com moderação.

Diego Magalhães é soldado da PMMG, lotado no 33º BPM

Nordeste: 'Quem mata policial aqui vira herói', diz delegada

O blog Visões de um PM deixa aqui nossa humilde homenagem ao Sd PM José Cláudio de Jesus Souza, morto durante troca de tiros com infratores. Nosso reconhecimento àquele que deu sua vida em nome da segurança pública.

No Nordeste de Amaralina é assim: se correr o bicho pega, se ficar é bicho solto. Por lá, a violência não faz reféns só os envolvidos com a criminalidade ou os policiais que combatem o tráfico. Moradores inocentes ficam no fogo cruzado, o que vem alterando, sensivelmente, a rotina da comunidade. Cada vez mais organizado, o tráfico local adota estratégias para não perder o controle da área e da venda de drogas.

Na noite de domingo, quando oito PMs da 40ª Companhia de Polícia (Nordeste de Amaralina) foram à Rua Emídio Pio, na localidade do Boqueirão, checar uma denúncia anônima, houve troca de tiros com pelo menos dez bandidos que estavam escondidos em um beco. No confronto, o soldado José Cláudio de Jesus Souza, 37 anos, acabou morto com um tiro na cabeça. O corpo foi enterrado na segunda (30), no Cemitério do Campo Santo.

“Eles adotam estratégias. Bandido aqui sobe de posto e ganha mais poder até quando pega cadeia. Quem vai para o presídio, quando volta, chega com mais status. Aqui, quem mata policial vira até herói. Policial, aqui, tem valor”, explica a titular da 28ª DP (Nordeste de Amaralina), delegada Jussara Souza.

Fontes da coordenadoria de inteligência da Polícia Civil confirmam que os criminosos pagam recompensa por policial morto. O valor, de acordo com as investigações, pode chegar a R$ 20 mil.

Silêncio
Ainda segundo a delegada, há um voto de silêncio respeitado pelos moradores. “Eles acabam não colaborando com as investigações para que não se compliquem com os criminosos”, completou. Moradores confirmam que o silêncio ainda é o melhor remédio para que continuem morando no bairro, sem sofrer represálias da polícia e de criminosos. “Ninguém aqui quer ser chamado de x-9. Quem sabe demais aqui morre. Ou é expulso e não pode mais voltar. Vivemos entre a cruz e a caldeirinha. Não vejo a hora de sair daqui. É barril”, diz uma moradora, que, com medo, prefere não se identificar.

Segundo um soldado da 40ª CIPM, que também não quis se identificar, os traficantes controlam a circulação de pessoas no bairro. Ele contou que foram espalhados cartazes proibindo o uso de capacetes por motociclistas. “Só quem tem autorização para circular é o pessoal que vai de carrão comprar droga. A gente sempre vê meninas bem novas e ‘filhinhos de papai’”.

Controle
Há três meses, o motorista André de Jesus, amigo de José Cláudio, foi levar o policial de moto até o posto da 40ª CIPM. Como ele estava de capacete, foi abordado quando saía do Nordeste de Amaralina para voltar a Itinga, em Lauro de Freitas, onde mora. “Colocaram um revólver em minha cara e perguntaram o que eu estava fazendo lá. Disse que fui visitar uma tia e eles me liberaram”, lembrou.

Segundo o funcionário de uma oficina mecânica, a localidade do Boqueirão é uma das mais perigosas e concentra o maior número de criminosos. Por lá, diz ele, bandidos a cavalo confrontam a polícia. “Eles usam também os becos. O conhecimento da geografia do local é um ponto a favor dos criminosos. E quem desobedece não costuma ficar para contar a história”, conta.

A ação policial que provocou a morte do soldado foi motivada pela denúncia anônima deummorador da localidade, segundo a qual um grupo de traficantes montados a cavalos circulava pela Rua Emídio Pio. Contudo, o major Gildemar Gualberto, comandante da 40ª , disse que não havia bandidos a cavalo no momento do tiroteio.

Encurralado
Foi no Boqueirão que, em setembro, o porteiro Vivaldo Souza Brandão, 55, que caminhava pelo local, ficou encurralado no fogo cruzado entre policiais e criminosos. Ele acabou atingido na perna esquerda.

Na mesma localidade, o dono de uma videolocadora foi morto por traficantes por não acatar as ordens. A loja está fechada. “Ele era obrigado a guardar drogas para os bandidos. Um dia, não devolveu o material e foi morto. Aqui é assim. Ou obedece ou obedece”, conta um morador.

Para que as investigações sejam concluídas, a polícia tenta mudar alguns procedimentos. Em casos de lesão, por exemplo, as vítimas acabam não fazendo o exame de corpo de delito, evitando que a investigação prossiga. “Por isso, agora não encaminhamos mais as vítimas para o InstitutoMédico-Legal (IML). Quando chega a informação, expedimos a guia e conduzimos a vítima até o local do exame”, explica a delegada Jussara, acrescentando que 98% dos casos de homicídio registrados na unidade têm como envolvidos pessoas ligadas ao tráfico.

O major Gildemar Gualberto explicou que a maior parte das apreensões feitas pela polícia é de crack. “A venda de crack cresceu muito. Depois vem a de cocaína”. Ele revelou que as apreensões de uma droga chamada pitilho, mistura de crack com maconha, também cresceu muito.

Policiais da 40ª Cia., da 28ª Delegacia e da Rondesp realizaram ontem ações na região para tentar prender os bandidos. Quatro homens foram presos no Vale das Pedrinhas. A polícia acredita que eles podem dar pistas sobre os envolvidos no tiroteio.

Boqueirão, local mais perigoso
Para a polícia e para os moradores, a localidade do Boqueirão é a mais perigosa do Nordeste de Amaralina - bairro que tem cem mil habitantes em uma área de 9km². Só este ano, dois exemplos são lembrados por ambas as partes como casos emblemáticos, que representam exatamente como é viver entre o fogo cruzado.

No dia 29 de julho, quatro homens foram mortos, depois que o tenente Bruno Pimentel Garreeq foi atingido por um tiro na coxa. Ele participava de uma operação no Nordeste quando foi atingido. Policiais da Rondesp iniciaram então a caçada aos criminosos. Durante a operação, os PMs acuaram três suspeitos, que invadiram a casa da aposentada Iolanda Carvalho, que morava na Rua Sucupira, no bairro vizinho de Santa Cruz. Eles tentaram se esconder em um dos cômodos, mas acabaram mortos em suposto confronto.

Dois dias depois, dona Iolanda teve sua casa incendiada por traficantes. Os criminosos agiram em represália ao rompimento do voto de silêncio. Segundo o major da Polícia Militar Gildemar Gualberto, os criminosos atiraram em um dos cadeados do portão que levava para a parte de cima, mas não conseguiram arrebentá- lo. “Então, atearam fogo à casa”, contou o comandante da ação que resultou nas três mortes.

‘A bandidagem está destruindo as nossas vidas’
“Meu coração está partido e não sei se vou conseguir juntar os pedaços. A bandidagem e o tráfico estão crescendo e destruindo nossas nossas vidas”. O desabafo é de Adileia Santana, 38 anos, viúva do soldado da PM José Cláudio de Jesus Souza, morto durante troca de tiros com traficantes no Nordeste de Amaralina.

A perda de Adileia é fruto de um problema apontado por comandantes da Polícia Militar em todo o estado: enquanto o poder dos traficantes cresce, o aparato policial continua o mesmo. “Precisamos de cerca de 3,5 mil novos policiais por ano, novos equipamentos e principalmente novas viaturas. Se não fizermos isso não diminuiremos a criminalidade”, disse o coronel Mozart Lima, comandante do policiamento regional da capital.

O major Gildemar Gualberto, comandante da 40ª Companhia de Polícia (Nordeste de Amaralina), concorda com Mozart. “Precisamos de mais policiais. Há muitos pontos de tráfico no Nordeste e a disputa pelo controle das bocas é violenta”.

Policial militar há 17 anos e há cinco lotado na 40ª, José Cláudio sentia no dia-a-dia do trabalho os problemas no combate ao tráfico na região. Ele comentava com amigos de Itinga, em Lauro de Freitas, onde morava, que a criminalidade estava crescendo no Nordeste de Amaralina. “Cláudio nos contava que os traficantes andam armados pela rua e que sempre tem tiroteio”, lembrou o motorista André de Jesus, amigo de infância. Colegas de farda homenagearam José Cláudio.

Quando o cortejo seguiu ao local do sepultamento, carros e motocicletas da PM ligaram as sirenes e policiais cantaram o hino da corporação, chamado Força invicta. Em seguida houve uma salva de três tiros. O soldado foi sepultado sob o toque fúnebre de um corneteiro da PM e sob os gritos da viúva. “Deus que ressucitou Lázaro, por favor ressucite Cláudio agora”.

Traficantes fazem rondas a cavalo
O cenário é típico de um filme de bangue-bangue americano, mas não há mocinhos, e os bandidos não disputam o amor de uma donzela, mas o controle de bocas-de-fumo. Esta é a situação do Nordeste de Amaralina, bairro transformado por traficantes de drogas em uma espécie de Velho Oeste da periferia.

Armados e montados em cavalos, esses caubóis do tráfico circulam pelas ruas e vielas controlando com mão de ferro o cotidiano da população do bairro. Umsoldado da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), no Nordeste, que não quis se identificar, disse que os cavalos facilitam o deslocamento dos traficantes pelas ruas do bairro, em sua maioria estreitas.

“Sempre nós vemos traficantes armados montados em cavalos andando pelo bairro. Eles se deslocam com mais facilidade pelas vielas e conseguem fugir da polícia com mais rapidez, já que a viatura não entra em todas as ruas”, explicou.

Soldado é o 19º policial morto em 2009
Já foram assassinados 19 policiais militares na Bahia este ano. No entanto, o soldado José Cláudio de Jesus Santos é o segundo PM morto em combate, segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar. Os outros estavam fora de serviço.

José Cláudio é o terceiro PM assassinado em menos de 15 dias na Bahia. No dia 22 de novembro, o aluno do curso de oficiais da Academia da Polícia Militar Elton da Silva Mota, 23, foi executado na Avenida Régis Pacheco, no Uruguai.Umdia antes, o PM José Ferreira dos Santos, 29, foi morto durante um assalto a um ônibus que fazia a linha Salvador/Rio Real, na BA-093, município de Pojuca, a 67km de Salvador.

Fonte: Correio

Revista Veja - Sem medo da verdade. A polícia é despreparada, mal equipada, mal remunerada, e a corrupção grassa nas corporações.

A avaliação é dos próprios policiais, em pesquisa exclusiva para VEJA.

Na coragem de pôr o dedo na ferida está a chave para vencer o crime no Brasil

Um assassinato a cada doze minutos. É esse o ritmo da tragédia brasileira. É o número por trás da atmosfera de medo que domina as ruas de todas as grandes cidades do país. Ele se traduz em 45.000 homicídios por ano. E vem dramaticamente acompanhado de uma quantidade igualmente estratosférica de todos os outros tipos de crime, como assaltos, roubos a residências ou estupros. Esse conjunto nefasto empurra os cidadãos para dentro de casa, afastando-os das ruas e praças, que ficam à mercê dos bandidos. O medo mina o ambiente nas cidades, nos negócios, afasta investimentos e traz enormes prejuízos às famílias. Encarar essa questão é uma das emergências do país. O Brasil já se mostrou capaz de resolver problemas aparentemente insolúveis. Venceu a inflação supersônica, na década passada, para se tornar uma liderança entre as economias emergentes deste início do século XXI; com sua disciplina econômica, foi dos primeiros países a se distanciar do vórtice da crise financeira mundial. Não é possível que não consiga lidar também com o problema da criminalidade e combater a inépcia de suas polícias. Não mais.

A essa constatação, segue-se uma indagação inevitável. O que falta às polícias brasileiras para que consigam restaurar um nível civilizatório de segurança nas cidades? A resposta a essa questão, tratada ao longo das dezesseis páginas desta reportagem especial, começa a emergir da pesquisa CNT/Sensus, feita a pedido de VEJA. O principal mérito do levantamento é colocar frente a frente a opinião de uma polícia sobre a outra – e também sobre os problemas que enfrentam em suas próprias corporações. Algo assim nunca foi feito no país. Principalmente porque a pesquisa foi elaborada com a melhor metodologia, a mesma usada em eleições presidenciais. Foram ouvidos policiais de cinco cidades – São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Brasília. Juntas, elas abrigam mais da metade da população das capitais brasileiras e sediam regiões metropolitanas que sintetizam os principais problemas das cidades do país. A empreitada teve apoio das secretarias de Segurança. O confronto das visões dos integrantes das duas instituições traz revelações importantes.

A profundidade dos tentáculos da corrupção no aparato policial começa a ser exposta: existe "muita corrupção" na Polícia Civil para 10% dos policiais militares de Brasília, o menor porcentual, e 46% no Rio de Janeiro, o pior de todos. Na média das opiniões das polícias Civil e Militar, o porcentual dos que admitem a existência da corrupção aproxima-se dos 90% nas cinco capitais.

É elevada a quantidade de policiais que afirmam haver práticas de tortura em "ambas as corporações". E nesse ponto ninguém fica bem. São Paulo e Brasília, os menos mal cotados, apresentam índices de 17% e 16%, apontando para a gravidade do problema.

A polícia do Distrito Federal, cujos salários são os mais altos do país, desponta na primeira colocação na maioria dos quesitos.

O Rio de Janeiro é o mais mal avaliado. Perguntados sobre a qualidade em aspectos fundamentais como seleção de pessoal, policiamento ostensivo, os militares foram extremamente severos. O Rio fica em última posição entre as capitais pesquisadas.

O mérito do levantamento realizado agora é dar nome aos bois e pôr o dedo na ferida como nunca foi feito. O costume de avaliar polícias sempre de maneira pretensamente abrangente incorre no vício do coletivismo, que despreza o essencial: elas são compostas de indivíduos que, como todos, querem progredir e construir o melhor para a vida deles. É esse um dos principais achados da pesquisa. Críticos em relação a seu trabalho, os policiais querem ser mais bem treinados e consideram que as chefias e a gestão administrativa deixam a desejar. Sentem-se desmotivados, ressentem-se da constatação de que a sociedade brasileira não confia neles, e reclamam do escasso investimento profissional. São ainda mais críticos do que a população em geral quando o assunto é a propina, a praga que deteriora o ambiente nas cidades e põe em risco a vida de quem leva a sério a tarefa de fazer cumprir a lei. Sim, porque a corrupção arma emboscadas.

O major da Polícia Militar do Rio de Janeiro Elmo Moreira, 48 anos, já deparou com situação assim. Durante os dezesseis anos em que serviu no Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro, viveu na linha de tiro nos enfrentamentos da polícia com os bandidos cariocas. Acostumado a vencer o medo, assustou-se com um telefonema. Em 1999, estava com sua equipe no alto do Morro do Fogueteiro, uma perigosa favela carioca. Acabara de apreender 350 quilos de cocaína quando tocou seu telefone funcional, cujo número era conhecido apenas por seus subordinados e superiores. Do outro lado da linha, o chefe do tráfico local queria "comprar" de volta a "mercadoria". É assim, como um comércio, que muitos policiais e bandidos veem a ação da polícia do Rio. VEJA entrevistou Moreira em sua casa há nove anos. Ele se aposentou no mês passado, depois de 27 anos de serviço e de ter tido em suas mãos o enorme poder de arrecadação que um oficial da PM desfruta no cotidiano violento de uma cidade sitiada por bandidos. Sua casa, na empobrecida Zona Oeste do Rio, teve apenas os progressos que seu salário de 5 800 reais pode pagar. Nove anos atrás, havia um ar-condicionado pequeno para refrigerar seu quarto e o de seus filhos, ligados por um buraco na parede. Agora já são dois aparelhos, mas as dificuldades da vida permanecem estampadas na modesta casa construída nos fundos do terreno cedido pelo sogro. "Meus filhos levam vida simples, mas a dignidade e a honra de minha família são nosso patrimônio", afirma. É o valor da honestidade. Um oásis no deserto da escassez moral que desidrata a segurança dos cidadãos brasileiros.

Os descalabros ocorrem, sim. Aos montes. Em São Paulo, um secretário adjunto de Segurança foi afastado após denúncias de venda de cargos na direção da Polícia Civil. Em outubro de 2008, Lindemberg Fernandes Alves, de 22 anos, invadiu o apartamento de sua ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em Santo André. Ele fez reféns a ex-namorada e sua amiga Nayara Silva. A ação da polícia paulista no episódio foi trágica. Depois de mais de 100 horas de negociações, uma invasão desastrada resultou na morte de Eloá. Em Manaus, um policial virou apresentador de programa de TV e mostrava cadáveres que ele mesmo encomendava. Na Polícia Civil do Rio, havia uma quadrilha instalada nos principais postos de comando. O ex-chefe Álvaro Lins foi preso pela Polícia Federal de-pois que se encontraram evidências de corrupção, enriquecimento ilícito e formação de quadrilha, da qual é acusado de ser o líder. Na origem de todos esses fatos está a péssima gestão que se verifica na maioria das polícias brasileiras, cujos comandos ainda acreditam que tudo se resolve com mais policiais e armamento cada vez mais pesado. "A pesquisa mostra um sério problema de gestão. O Brasil tem uma das maiores proporções de policiais por habitante, mas a maioria dos entrevistados considera que seriam necessários mais homens na rua", afirma o ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva.

Os serviços de segurança pública custam aos brasileiros 16 bilhões de reais por ano. Se não fosse por todas as outras razões, muito mais importantes, haveria esta a exigir um padrão de qualidade superior. No entanto, é mínimo o nível de satisfação com o serviço pelo qual se paga. Além de ouvir os policiais, a CNT/Sensus fez uma pesquisa com a população, na qual entrevistou 1.000 pessoas em 24 estados. Para 80% dos brasileiros, a situação da violência está fora de controle; e as ações da polícia para acabar com o crime são inadequadas, segundo 53% dos entrevistados. A formação dos policiais está aquém do esperado por 60% das pessoas. É um diagnóstico grave. A população está com medo e confia pouco na polícia (46% das respostas). A vida nas cidades é insegura para um terço dos moradores. E o medo sabota as cidades. Ruas vazias são territórios de gangues. Retomar os espaços urbanos das mãos dos bandidos tem um efeito profilático contra o crime. Mas a operação de desembarque dos brasileiros de volta às suas ruas e praças e aos passeios noturnos não pode ser um ato de coragem individual. Ela tem de ser liderada por suas polícias. Isso só acontecerá se, antes, elas mesmas se libertarem das amarras que sequestram sua eficiência.

Fonte: Veja
Autor: Ronaldo França