segunda-feira, 1 de junho de 2009

PM e comunidade De Olho na RUA

Projeto piloto será desenvolvido em Belo Horizonte e depois será estendido para municípios de Minas Gerais

Criar uma rede de comunicação, usando rádios transceptores, com canais próprios que facilitam a troca de informações entre PM e porteiros de condomínios e de escolas, frentistas, comerciantes e demais segmentos de um bairro que possuem profissionais trabalhando durante as 24 horas do dia e em contato visual com os logradouros, com o intuito de repassar informações de segurança pública, em tempo real. Essa é a proposta do projeto piloto De Olho na Rua que será lançado, em junho, pela Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento da Capital (CPC).

Na próxima terça feira, dia 2, às 15h, no CPC (Praça Rio Branco), Policiais Militares que estão à frente da iniciativa e representantes de associações comunitárias reúnem-se para detalhar a atuação. De acordo com o chefe da Seção de Planejamento Operacional do Comando de Policiamento da Capital (CPC), Major PM Idzel Fagundes, o objetivo do projeto é aproximar a PMMG da Comunidade e, em especial, com segmentos da Comunidade para que possam repassar informações sobre segurança, diretamente aos militares que trabalham nas viaturas, durante o radiopatrulhamento. Estão envolvidas no De Olho na Rua, as Companhias Especiais 4ª, 5ª, 9ª e 124ª.

COMO VAI FUNCIONAR


Os aparelhos de rádio ficarão nas Salas de Operações da Unidade e das Frações e com o Coordenador de Policiamento da Companhia - CPCia envolvidos no projeto. Em cada subárea, vai ser instalada uma Repetidora de Rádio, que ficará, estrategicamente, em um dos condomínios ou edifícios mais altos da região. O local propiciará uma comunicação de qualidade entre os usuários.

Depois de receber a demanda dos representantes dos segmentos do bairro, que serão feitas via rádio, principalmente as informações que incluem pessoas suspeitas e roubos, os militares se deslocarão para verificar a real situação, abordar possíveis suspeitos antes que ocorra o crime ou localizar e prender o envolvido no delito. "Após avaliação do Coordenador de Policiamento da Cia, mediante observância das prioridades existentes, este deverá encaminhar uma guarnição ao local, para checar, conferir e atuar quando necessário", afirmou o oficial. Com o projeto, a ação da PM será muito mais rápida e direta.

Quanto mais informações, como quantidade de envolvidos, características e direção de fuga, mais eficaz será a ação dos militares. As demais solicitações para policiamento continuarão sendo feitas pelo telefone 190. Projetos semelhantes a este foram implementados em outras Capitais dos Estados do Brasil (Florianópolis, Fortaleza, Recife e Salvador), com resultados significativos para a Segurança Pública. Foram registrados redução dos índices de criminalidade violenta, o aumento da sensação de segurança por parte da comunidade e a aproximação entre o Policial Militar e a Comunidade onde este foi implementado.

A PREVENÇÃO


Nas ocorrências em que o oficial verificar a conveniência, a ocorrência será repassada para toda a rede-rádio. Isso inclui casos de roubo a veículo, por exemplo. O policial militar vai repassar a placa, o modelo e a cor do carro roubado para toda a rede-rádio, facilitando a atuação da PM e melhorando a capacidade do cerco, interceptação e bloqueio do assaltante em fuga. O chefe da Seção de Planejamento Operacional do Comando de Policiamento da Capital, alerta que os representantes da comunidade envolvidos diretamente no projeto, em hipótese alguma, deverão atuar como vigilantes. "A atribuição especifica será a de informar a PMMG o fato que possa vislumbrar ocorrências de delitos contra a pessoa ou contra o patrimônio e, principalmente, a identificação de pessoas suspeitas atuando no momento".

A COMUNIDADE


Uma placa afixada, em local de fácil visibilidade, vai indicar os condomínios participantes do projeto em parceria com a PM. Os CONSEPs e Associações de Moradores de Bairros serão os responsáveis pela indicação, orientação e repasse do feed back do projeto à PMMG. A Polícia Militar poderá, no caso de má utilização da rede de rádio por parte do usuário, retirá-lo do projeto.

AS FASES


A implantação do projeto está passando por fases. Primeiramente, reunião e sensibilização com as lideranças dos bairros, que possuem profissionais trabalhando durante as 24 horas do dia e em contato visual com os logradouros em geral. Foram escolhidas sete áreas onde o projeto será desenvolvido (foram escolhidas quatro localidades onde este será desenvolvido como Projeto Piloto - subáreas das 4ª, 5ª, 9ª e 124ª Cias Esp); Em seguida, serão feitas palestras para porteiros de prédios residenciais e comerciais e moradores em geral. Também será feito um trabalho com os policiais das companhias envolvidas, além de treinamento para utilização do rádio transceptor, e sobre as orientações a serem prestadas. O De Olho na Rua será desenvolvido em caráter experimental e por um período de seis meses, a partir da data de seu lançamento. As adequações serão feitas depois de aplicada uma pesquisa para coleta de críticas e sugestões. Depois desse período, poderá ser estendido para outras áreas de Belo Horizonte.

Fonte: Jornal Araxá

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