quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PMGO - Quadrilha praticava assalto com ajuda de PM

Moacir Cunha Neto

Operação conjunta entre as polícias Civil e Militar de Itumbiara resultou na prisão, por volta das 6 horas de ontem, de integrantes de quadrilha acusados de realizar assaltos sob a proteção do policial militar Sildani José Ribeiro, 38, do destacamento de Bom Jesus de Goiás. Conforme a polícia, o grupo é acusado de, em apenas três assaltos, levar R$ 30 mil. Constavam dos alvos preferidos postos de combustível, casas lotéricas, agências bancárias e supermercados. Outros crimes, ainda sob investigação, também são atribuídos à quadrilha.

Forte violência era um dos recursos para a concretização dos crimes, conforme esclarece o delegado que investiga o caso, Ricardo Torres Chueire, do Grupo de Repressão a Narcóticos da Polícia Civil (Itumbiara). Ele revelou que o esquema montado pelo grupo funcionava com total apoio do policial militar. Os assaltos ocorriam quando Ribeiro estava escalado no serviço 190, da Polícia Militar (PM). Além de não avisar as equipes da PM, nas ruas, ele é acusado de informar a rotina dos militares de plantão, bem como oferecer proteção aos assaltantes, todos oriundos de Itumbiara.

Também é acusado o eletricista Aparecido Reis dos Santos, 39, mais conhecido como “Nego Eletricista”, ex-policial militar. De acordo com o delegado, o hoje eletricista fora expulso da PM por prática de assaltos. Ele, segundo o delegado, conhecia os locais e a rotina das empresas, inclusive o momento em que havia movimentação de dinheiro.

Os funcionários públicos Joaquim Gomes da Silva, 41, e Rosilda Alves da Silva Gomes, 34, ambos de Bom Jesus de Goiás, também são apontados. Eles são acusados de emprestar a chácara em Bom Jesus de Goiás, onde o grupo responsável pelos assaltos ficava abrigado.

O delegado aponta, ainda, o comerciante Anderson Alves Resende, 39, de Itumbiara, e o empresário Wellington Rodrigues de Oliveira, 35, de Bom Jesus de Goiás. O primeiro é acusado de praticar os assaltos. Oliveira, conforme Chueire, fornecia as armas necessárias. Outro suposto integrante da quadrilha, também citado na investigação, é Elismar Batista de Souza, 22, morto na quinta-feira, 24. O delegado trabalha com a hipótese de “queima de arquivo”, já que Souza é acusado de participação nos assaltos praticados pela quadrilha. “(a morte) Pode ter ligação com a quadrilha”, diz Chueire.

Com os acusados, a polícia encontrou mais de oito armas longas, entre espingardas e carabinas, silenciadores, lunetas, mais de mil munições (acima de 5 calibres), prensas para recarga de munição, pólvora e projéteis. Nenhuma arma, conforme Chueire, pertencia à polícia.

Fonte: O Hoje

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