quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PM convoca 38 mil homens para trabalhar durante o Carnaval no Estado do Rio

A Polícia Militar informou na tarde desta quarta-feira que todo o efetivo da corporação, que possui pelo menos 38 mil homens, trabalhará durante a operação especial de Carnaval nas ruas do Estado do Rio. O coordenador de Comunicação Social da PM, tenente-coronel Henrique Lima Castro, disse que folgas e férias foram suspensas neste período para reforçar o policiamento durante o evento. A operação de Carnaval acontece entre as 9h da sexta (12) até as 9h da próxima quarta-feira (17). Ao todo, cerca de dez mil PMs devem trabalhar por dia no evento.

"Tivemos um aumento de 4,6% no total de policiais que trabalharão em todo o Estado durante o esquema especial de Carnaval [em relação ao evento em 2009]. Esse aumento do efetivo foi possível depois que 2.000 policiais que estavam em trabalhos burocráticos ou de licença médica foram recuperados, e depois do recrutamento de novos PMs para as UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora]. As folgas e férias também foram suspensas e os policiais terão jornada dobrada", disse Castro. Segundo ele, 13 mil homens farão jornada dupla.

De acordo com o coronel, a área que vai receber o maior número de policiais é o entorno da Marquês de Sapucaí, no centro do Rio, onde acontecem os desfiles das escolas de samba. Serão quase 1.500 homens por dia na região, sendo que 837 atuarão no sambódromo.

"No entorno do sambódromo nós teremos policiamento montado a cavalo, a pé, com cães e teremos 41 carros. Com relação às favelas, nos anos anteriores nós colocamos o policiamento dentro das comunidades. Este ano, a gente vai fazer 'asfixia', ou seja, impedir que haja qualquer tipo de problema que possa vir das comunidades para o local dos eventos", afirmou o PM.

Lima Castro disse ainda que não é a primeira vez que a corporação usa a estratégia chamada de "asfixia" para evitar a ação de criminosos durante o Carnaval. No entorno da Sapucaí há cerca de seis favelas. "Assim, a gente pode utilizar um efetivo maior no local do evento e manter a segurança dessas áreas sem ter nenhum tipo de confronto", disse.

Segurança

Além da utilização de tecnologia israelense em um centro operacional da polícia --a mesma usada no Ano Novo--, a PM informou que o Batalhão de Choque receberá apoio de policiais de outros batalhões, e ficará responsável pelo policiamento no entorno da avenida do samba.

O Batalhão de Choque terá dois pontos de comando ao longo da avenida Presidente Vargas e homens do grupamento de motos, que utilizarão 35 motocicletas, além de um grupo de ações rápidas com 20 carros.

Policiais do Batalhão de Choque também irão distribuir nas entradas do sambódromo pulseiras de identificação para crianças. Dados serão registrados nos braceletes para evitar o desaparecimento dos menores.

Blocos de rua

A PM informou que os 486 blocos de rua cadastrados pela Prefeitura do Rio também terão o policiamento reforçado.

"Os blocos têm crescido, me preocupam até mais [que o policiamento no sambódromo], mas a prefeitura está buscando minimizar os problemas junto ao governo estadual", disse o coronel.

Vias especiais

Já o comandante do BPRV (Batalhão de Polícia Rodoviária), coronel Aristeu Leonardo Tavares, afirmou que será empregado uma média de 350 PMs nas nas vias especiais do Rio desta quinta-feira (11) até o próximo dia 18.

O BPRV é responsável por 5.840 km de rodovias estaduais. As principais vias especiais são a avenida Brasil, a Linha Amarela, Linha Vermelha, via Lagos e a RJ-106, que liga Tribobó a Macaé.

"O foco sempre é historicamente o acesso à região dos Lagos. Vamos concentrar maior atenção também às vias especiais por conta do aumento da circulação de turistas e moradores do Estado. O acesso do aeroporto internacional do Galeão [Tom Jobim] aos hotéis da zona sul também serão monitorados. Toda a malha viária e rodoviária terá uma atenção efetiva do BPRV", afirmou o comandante.

DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio

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