terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PMDF - Comissão de Direitos Humanos entra com representação contra PMDF

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias entrou com uma representação, na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal e no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, cobrando apuração do episódio de violência da Polícia Militar contra manifestantes que, na última quarta-feira (9), pediram o impeachment do governador José Roberto Arruda.

De acordo com o documento, o ato popular, realizado no Eixo Monumental, em Brasília, foi reprimido de forma violenta, com imagens que evocaram “os piores momentos da ditadura militar, em que a resistência democrática era combatida com a força bruta.” A representação critica duramente a ação policial no episódio, e questiona a conduta e cobra a responsabilização da Secretaria de Segurança Pública e do comando da Polícia Militar do DF.

Na avaliação do presidente da comissão, deputado Luiz Couto (PT-PB), a Polícia Militar mostrou despreparo para lidar com a situação. “Um dos graves problemas que prejudicam o trabalho das polícias em nosso País é o processo de formação e capacitação dos agentes. Em episódios de truculência gratuita como este podemos constatar o quão equivocado é o viés que orienta a formação dos policiais. A mentalidade de que a repressão é sempre a melhor tática prevalece e o resultado são as imagens a que assistimos pela televisão e internet”, lamenta o parlamentar.

O vice-presidente da comissão, deputado Pedro Wilson (PT-GO), considerou a situação “preocupante”, porque os protestos contra o governador devem prosseguir. “Os estudantes e militantes de movimentos sociais estão mobilizados e as manifestações vão continuar e até aumentar. O comportamento da Polícia Militar, tendo em vista essa primeira ação de repressão desmedida, é algo que preocupa a todos nós que defendemos os direitos da população de manifestar a sua indignação e cobrar a resolução dos problemas”, disse.
Fonte: Agência Câmara

Um comentário:

ANSSPODER disse...

Se os manifestantes se comportarem como cidadãos e não tentarem invadir tudo correrá conforme a democracia dita.