segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

PMERJ - Tiros...feridos...mortos...etc. Uma cidade em Guera

RIO
Uma perseguição policial a dois assaltantes em uma moto na Rua Haddock Lobo, uma das vias mais movimentadas da Tijuca, zona norte do Rio, terminou de maneira trágica, na noite de sábado. A esteticista Miriam Santos Souza, de 51 anos, passageira de um ônibus da linha 415 (Tijuca-Leblon) foi atingida por uma bala perdida na testa e morreu antes de chegar ao Hospital do Andaraí. Os dois criminosos também foram mortos. Outras duas pessoas, uma delas passageira do ônibus, foram feridas sem gravidade. Um policial ficou ferido. Em outras ocorrências na cidade, um policial militar e três supostos traficantes morreram baleados.

De acordo com os depoimentos de dois policiais militares do 6º Batalhão de Polícia Militar da Tijuca, à 18ª Delegacia Polícia (Praça da Bandeira), eles foram acionados após o alerta de que dois homens em uma moto estavam assaltando pessoas na Praça Saens Peña, área comercial do bairro. No Largo da Segunda-Feira, eles encontraram os bandidos que responderam a tiros e fugiram pela Rua Haddock Lobo. No caminho, o ônibus 415 ficou entre os policiais e os assaltantes.

"Esses bandidos covardes atiraram no para-brisa do ônibus para desviar a atenção dos PMs que os perseguiam. Um tiro pegou bem na testa dela, coitada, que voltava para casa, em Copacabana, depois de um dia de trabalho", contou no hospital o marido de Miriam, o jornalista aposentado David Estilac Leal, de 74 anos, que vivia com a vítima havia 20 anos. Miriam será enterrada hoje no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Durante o confronto, um PM foi atingido por estilhaços na perna e a passageira de um táxi foi baleada de raspão no ombro. Ela se apavorou depois que o veículo teve os vidros estilhaçados por tiros, saiu do carro e foi ferida. Após alguns minutos de intenso tiroteio, os assaltantes foram baleados no cruzamento da Rua Haddock Lobo com a Professor Gabizo, colidiram com um táxi e caíram mortos.

Os criminosos foram identificados como Vinícius Paula de Souza e Fábio Salomão. Eles seriam moradores de uma favela de Rio Comprido, zona norte. Com um deles, a PM recolheu uma pistola Glock. Os dois também foram reconhecidos por um policial da 1ª Companhia Independente da PM, lotado no Palácio Guanabara, como os homens que o balearam pouco antes no Parque Guinle, em Laranjeiras, zona sul. Ele reagiu a um assalto anunciado pela dupla, foi baleado na perna, mas não corre risco de morrer.

INVESTIDA CONTRA A PM

O sargento da Polícia Militar Wilson Alexandre de Carvalho foi morto, na manhã de ontem, ao ser atingido por diversos tiros disparados por ocupantes de um Astra. Eles passaram atirando na patrulha onde ele dava plantão ao lado do soldado David de Almeida Wanveler. Por ter conseguido sair do carro e pular para um terreno, mesmo tendo sido atingido por tiros, o soldado se escondeu no mato e se salvou. Ele foi levado para o hospital da corporação, operado e está fora de perigo.

Depois de atirarem contra os policiais, os ocupantes do Astra - entre três e quatro pessoas - roubaram uma carabina .30 que os militares tinham no carro, estacionado na esquina da Rua Afonso Cavalcanti, na frente do Centro de Convenções Sul América, próximo do prédio da prefeitura do Rio.

Policiais militares relacionam o ataque à patrulha ao fato de a PM ter, na sexta-feira, matado em uma troca de tiros Anderson Eduardo Timóteo, conhecido como Skol ou Derson, de 34 anos. Ele era um dos gerentes do tráfico de drogas no Complexo de São Carlos, no Estácio. Ali, o comércio de drogas é controlado pela facção Amigo dos Amigos (ADA).

BAILE FUNK

Três homens não identificados morreram na madrugada de ontem depois de trocar tiros com policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar de Rocha Miranda, na Favela Para-Pedro, zona norte. Na versão da polícia, os PMs foram checar uma denúncia de baile funk organizado por traficantes e, por volta de 1 hora, foram recebidos a tiros. No confronto, três supostos traficantes foram baleados e morreram. Com eles, foram apreendidas três pistolas e papelote de cocaína. O caso foi para a 22ª DP (Penha).
Fonte: Estadão

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