quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

São Paulo - Bombeiros reforçam efetivo para combater afogamentos

Diário Oficial - Corpo de Bombeiros reforça efetivo para combater afogamentos em SP

Somente nos 13 primeiros dias do ano, 11 pessoas morreram e 353 foram salvas nas praias do litoral paulista, que contam com 967 guarda-vidas

Nestes primeiros 13 dias do ano, 353 foram salvas de afogamento por bombeiros que atuam nas praias do litoral Norte e Sul do Estado de São Paulo. Durante o verão, o Corpo de Bombeiros reforça seu efetivo para prevenir, orientar e conscientizar a população. Com o calor, aumenta o número de frequentadores nas praias, represas e lagoas e, com isso, os índices de afogamento crescem no período. Por isso, é necessária atenção redobrada dos banhistas e dos bombeiros. Este ano, a população dispõe dos serviços de 967 guarda-vidas atuando nas praias paulistas. Desse total, 565 são profissionais temporários, contratados, em parceria firmada com as prefeituras e com a Petrobras. Eles trabalham aproximadamente 90 dias, de dezembro a janeiro, sob a supervisão do Corpo de Bombeiros. Normalmente, são jovens que residem em municípios do litoral; surfistas que conhecem bem o mar, e que recebem todo o treinamento antes de iniciar a função.

De acordo com o tenente-coronel Daniel Onias Nossas, comandante do 17º Grupamento de Bombeiros – Salvamar Paulista, o efetivo, incluindo o contratado e o temporário, atua em todos os municípios litorâneos. “Com as contratações temporárias, as áreas de atuação e prevenção são ampliadas. Desta forma, conseguimos mais eficácia nas praias com maior número de frequentadores”. De 1º a 13 de janeiro, foram registradas 11 mortes por afogamento nas praias paulistanas. Em dezembro de 2009, quando começou o verão, oito banhistas morreram afogados. Em janeiro do ano passado, foram notificadas 21 mortes; e, em dezembro de 2008, nove.

Represas e lagoas – Entretanto, nem todas as mortes ocorrerem nas praias. Muitos casos acontecem em rios, represas, lagoas, cachoeiras e em locais isolados. Em 2009, os bombeiros atenderam 58 casos de afogamentos em represas, lagoas e piscinas. Deste total, foram 21 vítimas fatais, 18 feridas e socorridas, e 19 salvas sem ferimentos. Durante todo ano, com o objetivo de reduzir o número de mortes por afogamento, o Corpo de Bombeiros promove campanhas educativas e de prevenção. Uma das estratégias é a entrega de folhetos informativos em locais de travessia – balsas e pedágios, além da distribuição nas praias e orientação em escolas.

O comandante Onias explica que os meios de comunicação locais também contribuem significativamente com a campanha, pois divulgam dicas de segurança. “Alguns lembretes com orientações sobre os riscos de afogamento e cuidados durante o verão são veiculados durante o horário nobre em algumas emissoras de televisão”, argumenta. Com o trabalho desenvolvido pelos bombeiros, os números de salvamentos são expressivos.
Somente nos 13 primeiros dias de janeiro, 353 pessoas foram salvas; e, em dezembro de 2009, outras 299. O total de pessoas resgatadas no ano passado chegou a 2.750, conforme informa o Corpo de Bombeiros.

Prevenção – Os bombeiros atuam inicialmente no trabalho preventivo. Devidamente treinados, orientam os banhistas sobre os pontos seguros e áreas que contêm correnteza por meio de placas de sinalização. Além disso, utilizam apitos para alertar aqueles que abusam e arriscam a vida ao se afastar muito das margens da praia. Se alguma pessoa é arrastada pela correnteza, o bombeiro, com equipamentos adequados, entra imediatamente na água e resgata a vítima até a areia. Ele está apto, se necessário, a aplicar os procedimentos de primeiros-socorros até a chegada da Unidade de Resgate. Se duas pessoas ou mais estão se afogando, ele é orientado a pedir apoio por meio de radiotransmissor. De acordo com o comandante Onias, para que os índices de afogamentos diminuam os banhistas também têm de colaborar cuidando da própria segurança: “Infelizmente, algumas pessoas, geralmente as mais jovens, acabam abusando e desrespeitando as orientações dos bombeiros e colocando suas vidas em risco”. Ele reforça o lema usado pelos bombeiros: água no umbigo, sinal de perigo.Somente no litoral paulista, o Corpo de Bombeiros possui 49 viaturas, dez motos, 43 botes infláveis, 40 embarcações com motores de popa e 15 jet ski. Além disso, conta com o apoio de aeronaves do Grupamento de Radiopatrulha Aérea. Nesta temporada, dispõe de três helicópteros Águia que cobrem as regiões do Guarujá, Praia Grande e Caraguatatuba. Os helicópteros auxiliam na retirada tanto de vítimas que ainda estão na água, como na remoção de envolvidos em casos mais graves para um pronto-socorro mais equipado. Nos feriados de Ano-Novo e carnaval, uma quarta aeronave ajuda a cobrir a área do litoral Sul, mais extensa.

Perfil das vítimas
Pesquisa realizada pelo Corpo de Bombeiros revela que as vítimas em potencial moram na Grande São Paulo, são estudantes do sexo masculino entre 15 e 18 anos, com 1º grau incompleto. A maioria dos afogamentos ocorre no domingo, tendo como causa a falta de precaução. Para o comandante Onias, isso ocorre porque o jovem normalmente é mais imprudente. “Eles não acatam as orientações dos bombeiros; tentam fazer tudo ao mesmo tempo, e ainda ingerem bebidas alcoólicas”, alerta.

Dicas para evitar afogamentos
• Procurar um guarda-vidas e pedir orientação sobre locais mais seguros
• Respeitar as placas que sinalizam áreas com correntezas fortes e buracos. Segundo o Corpo de Bombeiros, as correntezas são responsáveis por 80% dos afogamentos em todo o mundo. As correntes de refluxos de água correm da praia para o mar e podem surpreender até nadadores experientes
• Água no umbigo, sinal de perigo! Evitar águas profundas, mesmo que a pessoa saiba nadar
• Não consumir bebidas alcoólicas antes de entrar na água
• Crianças devem estar sempre acompanhadas de seus responsáveis. Além de evitar acidentes, impede que se percam no meio da multidão. Vale ressaltar que, nas praias, durante o verão, os guarda-vidas distribuem pulseirinhas que devem ser preenchidas com nome e telefone de contato. Essa medida facilita a localização dos responsáveis
• Não entrar na água após ingerir lanches e demais refeições


Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública

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