segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Irmã de Lampião comemora 100 anos com parentes em SP
















Maria Ferreira Queiroz, conhecida como dona Mocinha, mora em Santana. Ela tem documentos com duas datas de nascimento.

Maria Ferreira Queiroz, conhecida como dona Mocinha, completou 100 anos nesta sexta-feira (8), em São Paulo. Ela é a única irmã viva de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião.

O documento de identidade da irmã de Lampião indica que ela nasceu em 8 de janeiro de 1906, portanto, ela teria completado 104 anos, mas ela se recusa a afirmar que tenha essa idade, e não é por vaidade. Ela tem outro documento que aponta a data de nascimento em 8 de janeiro de 1910.

Ela vive em um apartamento com os filhos Expedito e Valdeci, em Santana, e recebeu apenas os netos e bisnetos para um abraço comemorativo. "Ela está ótima para a idade dela. Tem momentos que nem ela mesma acredita na idade que tem", disse o neto Marcos Antonio Tavares, 52 anos.

Tavares informou que a família optou por não fazer bolo e nem festa para não cansar a avó. "Apesar de estar forte, achamos mais prudente não agitar muito a rotina dela."

O neto informou que a família pretendia levá-la para Paulo Afonso (BA), onde está a casa em que viveu Maria Bonita, mas a ideia foi deixada de lado. "Queríamos que ela fosse conhecer a casa de Maria Bonita, que foi recuperada e hoje abriga um museu sobre o cangaço."

O irmão 'Rei do Cangaço'

Dona Mocinha diz que não lembra do irmão como cangaceiro e nem sabe nada sobre o movimento, pois era muito pequena quando ele entrou no cangaço. Lampião e Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, morreram em 28 de julho de 1938, na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), durante uma emboscada montada pela volante (polícia) da época. Os dois se tornaram mitos da história brasileira.

À época do assassinato deles, dona Mocinha teria, pelas contas dela mesma, 28 anos, e pouco contato com o irmão. Lampião nasceu em 4 de junho de 1898, no sítio Passagem das Pedras, em Serra Talhada. Criado entre 1908 e 1912, segundo registros de historiadores, o cangaço existiu até 1940.
Alguns pesquisadores dizem que Lampião circulou apenas pelo sertão, mas outros afirmam que os cangaceiros deixaram pegadas pelo agreste. O certo é que Lampião não foi o criador do cangaço, mas sim Sebastião Pereira da Silva, o único chefe do Rei do Cangaço, conhecido como Sinhô Pereira.
Fonte: G1

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